Janete Clair fez gol de placa quando inseriu um jogador de futebol em Irmãos Coragem, atraindo o público masculino. Estávamos a caminho de ganhar o Mundial de 1970. E deu certo: Copa ganha, telespectadores fisgados.
VEJA ESSA
O goleador Duda (Cláudio Marzo), entre uma briguinha e outra por causa dos ciúmes bobos da namorada Ritinha (Regina Duarte), brilhou no Flamengo. E é do rubro-negro carioca que vem o ex-boleiro Neném (Vladimir Brichta), um dos protagonistas da próxima novela das 19h, Quanto Mais Vida, Melhor!, que estreia dia 22 deste mês.
Enrolado, mulherengo, já mais velho, Neném reza – literalmente – para voltar ao gramado da Gávea, contando com São Judas Tadeu, padroeiro do time. Ele mora na casa da mãe, a cabeleireira Nedda (Elizabeth Savala), e acolhe duas ex-esposas desatinadas, Jandira (Micheli Machado) e Betina (Carol Garcia), além dos frutos dos casamentos: Martina (Agnes Brichta, filha de Vladimir na vida real), quer ser… jogadora de futebol, e Bianca (Sara Vidal), tem uma doença grave. E a vida acaba dando uma rasteira em Neném ao sofrer um grave acidente de avião e ficar cara a cara com a Morte (Marcella Maia).
Além dele, Paula (Giovanna Antonelli), Flávia (Valentina Herszage) e Guilherme (Mateus Solano) recebem uma segunda chance da Morte para consertarem suas vidas, em um ano. Mas tem um porém: no final da jornada, um morrerá definitivamente. É uma das velhas interrogações das novelas: Quem vai morrer?.
Mas voltando aos gramados nos folhetins, Osmar Prado teve um professor de respeito para compor o jogador Mingo, de Bandeira 2 (1971): o sensacional Garrincha. Era com ele que o ator tirava as dúvidas para colocar no ar a história do rapaz pobre, apadrinhado por Tucão (Paulo Gracindo), rei do jogo do bicho na Zona Norte, do Rio.
No auge da boa forma, Mário Gomes fez bonito no Corinthians – da ficção – como o craque Luca, em Vereda Tropical (1984). Jogador hábil na vida real, além de conquistar o coração de Silvana (Lucélia Santos) e do filho dela, Zeca (Jonas Torres), obteve sucesso com a composição O Dono da Bola, tema de seu personagem, gravado com o pseudônimo de Mário Ipanema. Teve até clipe no Fantástico.
Depois de muito oba-oba, a Globo resolveu fazer um remake de Irmãos Coragem para comemorar os 25 anos de exibição da novela. Só que não deu muito certo, a começar pelos perfis dos personagens que não se encaixavam bem com os atores. Marcos Winter como Duda não vingou. Ele colocou a camisa rubro-negra, gravou no Maracanã, mas não era sua praia, ou melhor, seu campo.
Já Renildo (Rodrigo Faro), em Suave Veneno (1999), tinha uma ótima relação com a bola e muita animação após os gols, mas, infelizmente, se deu mal. Filho do porteiro de um edifício, no Rio, começou arrasando no Flamengo. Tanto que os olheiros o escolheram para jogar no exterior, chegou a ser contratado, mas na hora dos exames descobriram que ele tinha uma doença degenerativa.
Três futebolistas, em épocas diferentes, foram exibidos em 2012. Em Avenida Brasil, Tufão (Murilo Benício), depois ficar rico jogando no Flamengo, formou um time: o Divino Futebol Clube. E queria a todo custo que Jorginho (Cauã Reymond), considerado seu filho, fosse um artilheiro como ele, mas o rapaz passava por uma crise existencial.
Voltando no tempo, nos primórdios do futebol no Brasil, jogadores pretos não eram admitidos, como bem mostrou a novela Lado a Lado. Tinham que passar pó de arroz no rosto para serem aceitos nos jogos, como Chico (César Mello) exibiu em cenas emocionantes. Para matar a curiosidade: Miguel do Carmo foi o primeiro jogador negro no Brasil. O clube? A Ponte Preta, de São Paulo, em 1900. E bola pra frente!
A seguir, para aquecer para a chegada de Quanto Mais Vida, Melhor!, uma galeria com craques da ficção que arrasaram em campo.
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