Nathaniel Hall, de 34 anos, estrela de It’s A Sin, revelou que contraiu o vírus HIV na primeira vez que fez sexo, aos 16 anos. A notícia foi dada pelo próprio ator durante participação no programa Steph’s Packed Lunch, na última sexta-feira (5).
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O ator revelou o impacto da informação em sua vida e como manteve seu diagnóstico em segredo. Ele falou também de sua saúde mental, afirmando não ter contado para sua família, o que fazia sofrer de PTSD e ansiedade:
“Descobri quando tinha 16 anos, tinha acabado de me declarar gay, era monitor-chefe na minha escola, era um aluno nota A. Foi um ato de rebelião. Conheci alguém, ele era mais velho do que eu e era como um exótico pregador gay, ele era tudo que eu sabia que eu queria ser, e como resultado dessa relação eu contraí HIV duas semanas antes do meu aniversário de 17 anos. E então vivi em silêncio por cerca de 15 anos“.
Sua primeira experiência sexual foi com um homem mais velho com quem mantinha um romance turbulento. Sobre o diagnóstico, Hall disse: “Foi como ser atropelado por um caminhão. Disseram-me na época que eu tinha um prognóstico de 37 anos. Foi tão difícil ouvir“.
Após uma década travando uma luta contra o álcool e as drogas, o ator mudou de vida em 2017 e começou a trabalhar como ativista para aumentar a conscientização e reduzir o estigma em relação ao HIV.
“Não contei à minha família e sou muito próximo dela, então digo às pessoas que realmente mostra o poder do estigma e da vergonha do HIV. Então mantive isso em segredo e então percebi em 2017 que estava realmente impactando em minha vida. Eu tinha transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada, minha carreira não ia como eu queria“, contou o ator.
Nathaniel Hall ainda confidenciou sobre como foi revelar aos familiares o diagnóstico positivo da doença. “Minha mãe veio no dia seguinte com uma planta de casa e eu disse ‘para que você trouxe isso?’, ela disse ‘bem, o que você traz quando seu filho lhe conta essa notícia?’“.
O ator ainda detalhou como se cuidou enquanto estava em silêncio sobre a doença. “Ia a consultas, recebia a medicação de que precisava, fazia exames de sangue, contava a parceiros em potencial. Mas administrar tudo isso era muito secreto, e muita rejeição das pessoas quando você dizia isso a elas, você conhece uma reação ruim e tem que conviver com isso, com a vergonha“, lembrou.
“Percebi que, ao não dizer isso abertamente, estava comprando na mesma narrativa que era algo para se envergonhar, e de repente tive essa epifania de que não tenho vergonha disso, é apenas um vírus, por que estou envergonhado disso? No minuto em que virei aquele script, você pode imaginar as portas que se abriram para mim“.
Vale destacar que o programa It’s A Sin retrata um grupo de amigos ao longo dos anos 1980 enquanto a vida de festas é infiltrada pelo surgimento do HIV.
“Estava preocupado que o seriado fosse uma história do HIV e que os espectadores vissem pessoas esfregando copos e tomando banho e não querendo estar perto de pessoas com HIV, como aqueles antigos equívocos ressurgem. Então, falando sobre como o HIV é uma condição administrável, é que as pessoas vão viver uma vida longa, feliz e saudável se forem diagnosticadas“, refletiu.
“Sou um ativista do HIV há sabe-se lá quantos anos agora e particularmente o jovem elenco nestes, os protagonistas, todos eles se tornaram aliados incríveis do HIV e as conversas que eles’ já tivemos sobre isso, nunca vimos assim antes“.
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