Amor de Mãe está chegando na reta final e entre os fatores que geraram o grande sucesso da trama está a brilhante atuação de Regina Casé como a protagonista Lurdes. Durante bate-papo com a jornalista Andréia Sadi, a escritora Manuela Dias ressaltou que já admirava a atriz antes mesmo de trabalhar com ela.
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“Eu já estava terminando de escrever o primeiro bloco quando tivemos uma festa de final de ano. A Regina entrou vestida de azul e o mundo ao redor desapareceu, igual um desenho da Disney. Só ficou ela e eu pensei: ‘precisa ser ela’. Desde o primeiro encontro deu ‘match’, fomos almoçar para fazer o convite. Foi demais“, confidenciou.
Manuela destacou ainda o carinho que sente por Lurdes, pois ela é o reflexo da força e da importância das mulheres na sociedade.
“A escalação da Regina para este papel foi uma coisa mágica. Eu sempre admirei, acho uma das melhores atrizes do Brasil. Ela tem um nível de comunicação, de verdade, de inteligência e de compreensão da cena que é uma loucura“, complementou a autora.
Na sequência da conversa, a escritora também afirmou que não pretende escrever um livro com o final original da novela, que teve alterações feitas após o início da pandemia.
Cabe lembrar que essa foi a primeira escalação de Regina após 20 anos sem fazer novelas. Durante entrevista à colunista Patrícia Kogut, a veterana falou do receio que teve ao aceitar o desafio:
“Eu estava morrendo de medo antes de começar, porque, além desse tempo todo sem fazer novela, estava acostumada a trabalhar com as mesmas pessoas. Mesma equipe! O mesmo cabeleireiro, camareira, diretor… Por mais de 30 anos. Eu me sentia muito protegida naquela situação. Todos esses programas que eu fiz anos e anos, eu nem ia na Globo. Eu não tinha intimidade com aquele universo dos Estúdios Globo, ainda mais o MG4, que fomos os primeiros“.
Casé ainda contou detalhes do seu retorno às novelas: “Cheguei lá parecendo uma menininha, que saiu da escolinha, do jardim da infância, e chegou numa universidade enorme. Não sabia onde comprava comida, onde a pagava, como marcava o texto. E todos, mas Taís (Araújo) e Adriana (Esteves), em especial, foram minhas guias. Fui muito acolhida. O Zé [José Luiz Villamarim, diretor], eu nunca vi um diretor tão doce e, ao mesmo tempo, firme e sereno. E a equipe, uma loucura“.
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