Band abre nova temporada do MasterChef com precauções contra a Covid-19

MasterChef Brasil
Em coletiva, jurados revelaram as novidades da 12ª temporada do MasterChef Brasil (Imagem: Reprodução / YouTube)

A sétima temporada do MasterChef Brasil com cozinheiros amadores estreará na Band na próxima terça-feira (14). A competição gastronômica mais famosa do Brasil vai trazer um novo formato e novidades em meio ao protocolo de segurança exigido pela Organização Mundial da Saúde no combate ao coronavírus.

Em uma coletiva de imprensa feita na manhã da última terça-feira (7), direto do estúdio-cozinha do programa e exibida pelo YouTube, a apresentadora Ana Paula Padrão, a diretora Marisa Mestiço e os jurados do programa, Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, responderam às perguntas dos jornalistas e esclareceram algumas dúvidas em relação às novidades do programa.

“Não é uma tarefa simples. Há muitos protocolos envolvidos desta vez e se não fossem nossos patrocinadores, talvez fosse muito mais difícil voltarmos ao ar nesta temporada”, começou Padrão, dizendo que o objetivo desta temporada é transportar o público pra um lugar mais leve nas noites de terça-feira “como é de praxe na cultura do brasileiro”.

Nesta nova temporada não haverá um vencedor apenas, mas vários vencedores sendo um por episódio. Na cozinha mais famosa do Brasil, as regras também mudaram e ganharam novas dinâmicas. As disputas estão mais aguerridas e contarão com um ingrediente especial: a participação de famosos dando pitacos aos concorrentes e a pressão na cozinha tende a aumentar.

A emoção vai transbordar e fazer as panelas pegarem fogo e os concorrentes estarão à prova de novos desafios e a exigência pela qualidade será maior.

Sobre a segurança que a produção do programa, bem como seus apresentadores, estão tomando, Ana Paula Padrão explicou que o uso de máscaras é obrigatório durante as gravações e nos bastidores da disputa. “O uso de máscara é fundamental e nos bastidores há, também, um monte de medidas. Há os convidados que servem para incrementar a disputa. Como a gente não pode receber ninguém aqui, a gente recebe de outro jeito [online]”, falou.

Nomes de artistas famosos como Ivete Sangalo, Thiaguinho, Fafá de Belém, Dilsinho, Péricles, Amado Batista, Elza Soares, Alcione, Joelma, Pabllo Vittar, Claudia Leitte, Elba Ramalho, Ana Vitória, Leo Jaime, Luísa Sonza, Juliana Silveira, Léo Santana, Cátia Fonseca e Nando Reis estarão propondo pratos aos participantes durante os embates culinários de cada episódio do MasterChef Brasil.

“Teremos pratos pedidos por pessoas muito especiais e que nos acompanham. São fãs do programa, assim como a gente é muito fã deles, e todos toparam participar desta brincadeira de propor pratos aos nossos participantes, que também estão diferentes nesta edição 2020”, ressaltou Ana Paula.

Sobre as mudanças no formato do programa durante esta pandemia de Covid-19, a diretora do MasterChef Brasil, Marisa Mestiço, explicou as novidades e revelou o que foi mudado para respeitar às recomendações da OMS. “A pandemia veio em um momento em que estávamos na pré-produção [do programa], então já tínhamos um desenho de como seria esta temporada. Com esta pandemia, paramos 60 dias para rever como que faríamos esta temporada acontecer”, confidenciou Mestiço.

Sobre as adaptações feitas pelo programa, Marisa contou que uma comissão foi criada para executar esta temporada. A diretora ainda revelou sobre as principais dificuldades do formato durante esta pandemia. “De adaptações, além das medidas de segurança, nós criamos uma comissão de segurança para nos ajudar a entender como é que vai ser tudo, não só o MasterChef Brasil, mas o mundo. Fizemos adaptações de segurança e o formato, eu já vinha querendo fazer uma proposta mais popular com uma comida mais caseira. Acho que estamos entrando na 12ª temporada, então, revisitar o cerne do nosso programa. A minha adaptação foi, basicamente, conseguir contextualizar para fazermos uma temporada com segurança e com os aditivos com 8 participantes e um vencedor por episódio”, garantiu.

Em relação às dinâmicas da competição, Ana Paula Padrão analisou o diferencial desta temporada e fez algumas revelações sobre as gravações. Além disso, a apresentadora falou que esta competição não terá um campeão único, como as 11 anteriores. “Não teremos um supercampeão. Teremos vários campeões ao longo da temporada. Cada episódio se resume a nele mesmo. Cada episódio terá um número de participantes. Tudo isso é para a gente reduzir o tempo das pessoas dentro do estúdio [de gravação]. Trabalhando com oito de cada vez, conseguimos ter muito mais gente participando e muito mais sonhos sendo realizados além de um ganhador por episódio”, narrou.

Tudo isso muda bastante a dinâmica. Dentro do estúdio, as dinâmicas também mudaram. Eu não vou mais ao mercado. A gente divide esses oito participantes em duas equipes de quatro participantes que estarão dentro do mercado naqueles três minutos tradicionais de pegar as coisas ali dentro para cozinhar. Eu fico contando o tempo do lado de fora pra evitar mais uma pessoa lá dentro. Estamos fazendo como fazemos em casa: a gente não vai mais ao mercado como ia antes. Não fazemos mais quase nada como fazia antes e estamos tentando transportar o que fazemos em casa aqui pra dentro seguindo os conselhos desta equipe multidisciplinar de profissionais”, explicou.

Paola Carosella falou sobre como é gravar um programa de culinária mantendo o distanciamento social dos participantes. “Acho que a culinária é estar junto, mas não tem a ver com estar grudado. A culinária tem a ver com histórias compartilhadas, em estar junto. As medidas de distanciamento, que temos aqui no estúdio, não permitem que fiquemos grudados, nem os participantes ficarem cochichando amassados lá em cima no mezanino, mas nunca foi de um cozinheiro ficar cozinhando grudado no outro. O formato específico tem todas as mudanças faladas aqui, mas sempre foi um cozinheiro cozinhando contra ele mesmo e tentando surpreender o chefe e isso não mudou em nada. As emoções continuam sendo as mesmas ou mais ainda”, observou Paola.

A chef prosseguiu comentando sobre as novidades. “Eu acho que tem um tempero especial, nesta temporada, que as provas foram pensadas com pratos muito mais populares com ingredientes muito mais acessíveis para as pessoas. Isso é muito mais emocionante e rico, porque você vê o que acontece de verdade na casa das pessoas. Isso é uma forma de união, também. A gente está muito mais perto, não necessariamente pessoalmente, mas nas histórias e no coração”, destacou a jurada do MasterChef Brasil.

“O que eu acho mais legal nas mudanças que foram necessárias por causa da pandemia, é que o programa está mais parecido com o país de hoje. Todo mundo está mais preocupado, solidário, coletivo etc. A necessidade de se distancias expôs uma série de mazelas que temos e as mudanças ficaram visíveis. O MasterChef Brasil, então, tem as preocupações que o Brasil tem neste momento. Os participantes, então, vêm pro tudo ou nada e sabem que só têm uma chance. Eles são cozinheiros amadores, e como são oito por episódio, não estamos selecionando o melhor cozinheiro amador do Brasil, mas os melhores cozinheiros amadores do Brasil. Isso dá chance para pessoas que, talvez, não entrasse porque temos que fazer uma peneira muito fina e selecionar 20 no início de uma competição. Dessa vez, estamos selecionando mais gente e que tem chance de entrar. Acho que estamos mais perto do Brasil, temos preocupações que são corriqueiras neste momento. Aqui dentro, temos preocupações com o distanciamento social, com os alimentos, a logística etc. Todas as mudanças que fizemos nesta edição fez com que nos aproximássemos do nosso público. As comidas são as que as pessoas comem em casa. As dinâmicas de provas são de comidas triviais, baseadas em insumos que são encontrados em quaisquer lugares”, disse.

A diretora Marisa Mestiço também contou como foram as seletivas para a escolha dos participantes desta nova temporada. “A seleção dos participantes já havia sido iniciada dentro dos nossos protocolos comuns em que fazíamos testes dentro das nossas etapas. Alguns testes presenciais, mas quando veio a pandemia, passamos a fazer totalmente online. Já fazíamos isso com algumas pessoas, mas passamos a adotar isso para todos. Com isso, passamos a fazer algumas análises mais específicas com o advento do método on-line, pois não ter um teste presencial, requer mais atenção. É um talent show de gastronomia. Essa adaptação nós já fazíamos, mas passamos a intensificá-la, ou seja, nada diferente do que já estava em nossas atividades”, revelou.

Este momento da pandemia é um desafio para conseguir manter o ambiente seguro, que é a minha meta para o meu elenco e outros colegas que trabalham com a gente, e transformar esta peculiaridade dita pelo Fogaça em você ter o MasterChef Brasil dentro do armário de quem está em casa. Estamos na 12ª temporada e fizemos de tudo com ingredientes de todo o Brasil, mas acho que você falar da cesta básica que você tem na sua cozinha e o que você pode cozinhar na sua casa na quarentena, no MasterChef, é a chave de aproximação“, explicou.

Marisa Mestiço analisou a primeira temporada do MasterChef Brasil até o momento. “Nós amadurecemos e nos aproximamos das pessoas. Nós nos apropriamos de aprender a estudar gastronomia muito mais. Respeitar as mudanças e a oportunidade de mostrar as pessoas transformarem seu hobby em uma profissão. Todo este tempo que estamos no ar, melhoramos em todos os aspectos. Mudamos a nossa cozinha, nosso elenco conseguiu se aproximar e identificar de seu papel aqui no programa. Nós fomos entendendo como tínhamos que lidar com as pessoas e, nesta 12ª temporada, temos que entender os nossos valores sobre todos esses anos que estamos no ar”, destacou.

Os participantes também têm isso como um agravante de estresse que é montar três pratos iguais que serão degustados pelos chefes. Sobre os objetos da cozinha, nós criamos uma dinâmica de limpeza que já existia, afinal, trabalhamos com alimentos. Nós aumentamos isso e criamos kits individuais e toda a nossa equipe de bastidores está paramentada para que não tenhamos nenhum tipo de contaminação e contato. Então, aumentamos o que já fazíamos de rotina dentro dos protocolos que estão sendo estabelecidos pela nossa comissão que segue a OMS”, concluiu.

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Reuber DiirrReuber Diirr
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!