A Band entrou na Justiça contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os bolsonaristas Bernardo Juster e Alfredo Bessow. Segundo a emissora, a dupla de youtubers publicou fake news envolvendo uma suposta venda da empresa para um grupo chinês.
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Em março, Bernardo e Alfredo Roberto disseram que o canal da família Saad foi comprado pelo governo da China e que por isso atuava de forma tendenciosa e fazia propaganda do partido comunista do país asiático.
Representante da Band, o advogado André Marsiglia Santos destacou: “Percebe-se a total falta de compromisso com a verdade e, sobretudo, com a ética”. A emissora pede direito de resposta e indenização de R$ 50 mil de cada um. A informação é do jornalista Rogério Gentile, do UOL.
Juster é diretor do jornal online Brasil Sem medo, ligado ao filósofo Olavo de Carvalho, o guru do bolsonarismo, e um dos alvos da operação da Polícia Federal determinada pelo STF, na semana passada.
No processo contra os defensores do atual governo, o Grupo Bandeirantes esclareceu que não foi adquirido, nem está sob o controle acionário de qualquer empresa, entidade ou órgão do exterior, lembrou que tal situação é proibida pelo Código Brasileiro de Telecomunicações e ressaltou que tem um acordo operacional com a China Media Group.
Segundo a defesa, a informação propagada teve como “propósito inegável de ofender e afetar a reputação e credibilidade” da Band, que moveu um processo contra o site Jornal da Cidade Online, de José Pinheiro Tolentino Filho, que avalizou as acusações contra a emissora feitas por Alfredo Bessow.
Ainda de acordo com o jornalista, um acordo semelhante foi fechado em novembro de 2019 pelo governo Bolsonaro com a China Media Group, visando a troca de conteúdo entre a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e a empresa chinesa.
