A verdade é dura e os produtores/diretores globais precisam encarar isso: o público do Big Brother Brasil gosta mesmo é de treta e pegação. E o programa, na tentativa de se elitizar (até mesmo pela faixa nobre que ocupa), perdeu isso nos últimos anos com a seleção do elenco. A pasteurização afundou o BBB.
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Houve uma investida grande em nomes que pudessem agregar conteúdo de qualidade ao confinamento. Queriam novos “Jeans Wyllys”. Acabaram escolhendo plantas… Erraram tentando acertar e é completamente compreensível.
Nas últimas quatro edições só “novinhas” venceram: Munik Nunes, Emilly Araújo, Gleici Damasceno e Paula von Sperling. Isso é bem sintomático. Jovens em sua grande maioria são inconsequentes e não medem as palavras e ações. O público gosta disso. As quatro tinham esse perfil. Houve uma identificação gratuita com o telespectador que vota e comenta nas redes sociais.
O Big Brother Brasil ainda tem o trunfo de ser o reality show mais importante do país. Ser exibido em uma faixa “colada” com a novela das 21h também ajuda. Saíram notícias de que famosos e ex-participantes podem compor o novo elenco. Se for verdade, maravilha. Celebridades, de maneira geral, gostam de causar.
Há quem diga que a fórmula do programa está desgastada. Balela. De Férias com o Ex, maior sucesso da MTV, está aí para provar que não. Se o BBB quiser voltar a fazer sucesso e repercutir, precisará entender a si próprio e assumir o que é: um programa com a profundidade de um pires, mas muito divertido se for bem executado. Não nos decepcione, Boninho.
Henrique Brinco é baiano, formado em Comunicação Social pela Unijorge, de Salvador. Atua no jornalismo desde 2008, passando pelas editorias de política, cidades, cultura e entretenimento em diversos portais de notícias, locais e nacionais. É colaborador do RD1 desde 2012, onde já foi responsável pela editoria de Famosos e autor da coluna Por Trás da Mídia. É fã número 1 de reality shows. Fala besteira no Twitter (@brinco) o dia todo também!