O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou ao ataque contra o que ele entendeu como sua principal adversária desde as eleições: a Globo. Em um trecho do discurso feito na internet, o “capitão” criticou o JN, chamou a emissora carioca de TV Funeral mais uma vez e defendeu o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
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Mais uma vez, ele deu a entender que a mudança no horário de divulgação dos dados da pandemia no país foi por causa do trabalho feito por William Bonner e Renata Vasconcellos à frente do principal telejornal do país. Por quase uma semana, a atualização do número de casos e óbitos só chegou ao público por volta das 22h.
“… Os dados começaram a ser apresentados mais tarde, mas dentro do dia, não serviu para fazer o Jornal Nacional, o TV Funeral não teve espaço naqueles dois, três dias, e o mundo caiu em cima do Pazuello”, defendeu o político.
Bolsonaro não levou em conta que durante os dias em que disponibilizou as informações sobre a covid-19 no Brasil, a Globo interrompeu a novela Fina Estampa e colocou no ar o seu tradicional plantão. Resultado? A atualização dos dados do coronavírus deu mais audiência que o JN.
“Nós dissemos que você teria esses números assim que fossem anunciados. Estamos aqui cumprindo o que nós dissemos. Você vai ter outras notícias logo mais no JG, que hoje é depois do GR. E mais uma vez fica aqui o registro da nossa solidariedade as famílias enlutadas pela pandemia”, disse Bonner no primeiro plantão.
Confira:
“A tv funeral” pic.twitter.com/rUaeLcauou
— Samuel (@SamPancher) June 11, 2020
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].