Em mais um ataque contra a imprensa, o presidente Jair Bolsonaro fez uma live na última quinta-feira (27), e defendeu que empresas privadas não anunciem em veículos de comunicação que, segundo o político, mentem “o tempo todo” e trabalham “contra o governo”.
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O anúncio foi feito em meio ao seu encontro marcado com empresários na Fiesp, em São Paulo. No pedido, Bolsonaro fez uma citação ao jornal Folha de S. Paulo e a revista Época, tratando os dois veículos como mentirosos.
“Vou ter uma reunião na Fiesp em São Paulo, agora comecinho do mês que vem, vou falar com o empresariado lá, esse assunto vai voltar à tona. E o que vou falar para o empresariado lá? Até bom adiantar aqui, entre outras coisas, obviamente. Que esses jornais, essas revistas, revista Época, jornal Folha de S. Paulo, não anunciem lá, um jornal que só mente o tempo todo, trabalha contra o governo”, argumentou.
A fala do presidente veio à tona ao mesmo tempo em que dava explicações sobre o vídeo compartilhado em um aplicativo de troca de mensagens em apoio ao protesto do próximo dia 15 de março contra o Congresso Nacional. Ele apontou que parte da mídia se tornou podre e garantiu: “Esse ataque o tempo todo. Não vou mudar”.
No vídeo, o Chefe do Executivo elogiou a chegada da CNN Brasil e alfinetou a Globo, sua principal rival. “Está para ser inaugurada uma nova TV no Brasil, a CNN Brasil. Pelo que estou sabendo vai ser uma rede de televisão diferente aí da Globo”, comparou.
Bolsonaro continuou com a crítica à Globo: “Torço para que isso seja real, realmente, para que a gente possa destinar aqui, fazer com o que os nossos ministros vão dar entrevista para essa televisão e não para televisão que quando acaba, como a Globo, que é comum: ouve ministros, alguns não falam, é direito de não falar, acaba a entrevista, mas dá a entender que aquele ministro é um bom ministro apesar do presidente”.
“Não podemos deixar que nossos ministros deem entrevista também para televisões que não tenham compromisso com a verdade, que não tenham compromisso com o Brasil”, reclamou o “capitão”.
