Bruna Linzmeyer revela assédio dos homens: “Quase todos os dias”

Bruna Linzmeyer fala sobre ser vítima de assédio (Imagem: Divulgação / Globo)

Bruna Linzmeyer falou em entrevista sobre o assédio que tem sofrido nas ruas e surpreende ao revelar que acontece todos os dias. A atriz disse ainda que precisou se entender após ser chamada de gay.

Sobre o assédio, a atriz da Globo contou quando e como sofre. “Todas as semanas, quase todos dias. Na rua, no trabalho”, revelou ela. Questionada se reage aos assédios, ela conta que na maioria das vezes não consegue.

Na maioria das vezes não consigo fazer nada. É difícil reagir porque você está vulnerável, pode ser ainda mais violentada. Conto nos dedos as vezes em que consegui reagir, de olhar em volta e perceber que se reagisse nada ia acontecer. Entendo quem é assediada e não consegue reagir. É muita vergonha, é muito medo”, afirmou ela ao site “A Criatura”.

Bruna relembrou a época em que o público descobriu que ela namorava uma mulher e quando a imprensa a intitulou de “gay”. “Quando souberam que eu namorava uma mulher, as pessoas me falaram, digo, a mídia, me tratava como gay. Pensei: ‘Será que sou gay?”, questionou ela.

Não tinha exatamente parado para pensar nisso. Não era militante desde criança, essas palavras não estavam na minha memória, na minha trajetória. Aí comecei a pensar, a estudar, a ler um pouco sobre isso, e falei: ‘Não. Acho que não sou gay. Se eu sou alguma coisa que vocês estão falando aí, sou lésbica’”, declarou a atriz.

Sobre ter medo de perder espaço na TV por causa da revelação, ela conta que recebeu advertências sobre o assunto, mas que seguiu em frente. “Sempre ouvi que não ia conseguir pagar minhas contas. Quando me apaixonei de repente, falei: ‘Uau, essa pessoa é uma mulher’. Isso não era tão encaixotado na minha cabeça. Sempre beijei a Kitty (a cineasta Kitty Féo), que foi minha primeira namorada, em público, na praia, nos eventos em que a gente estava, entre nossos amigos, não-amigos, agia naturalmente. A partir disso começaram alguns questionamentos das pessoas que me amam. Não era uma coisa de: ‘Fique dentro do armário, não saia’. E sim de: ‘Como será que tá o mundo aí fora? Como isso vai bater na sua vida profissional?’. Minha família não tem dinheiro para me sustentar. Desde meus 15 anos pago minhas contas. Esse foi um cuidado das pessoas que me amavam perante um mundo opressor que a gente vive”, revelou Bruna.

E afirma que nada mudou de ruim na sua vida. “De ruim, nada. Só coisa boa. Tenho mais pertencimento. Ando em qualquer lugar do mundo e quando vejo uma lésbica atravessando a rua, a gente cruza o olhar e sabe que a gente pertence a um lugar, que a gente está na mesma luta”, declarou.

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