Todas as Flores, de João Emanuel Carneiro, estreia nesta quarta-feira (19), exclusivamente no Globoplay, e é um trabalho com um gostinho especial para Camila Alves. A atriz, que é cega, comemora o fato de uma novela trazer a narrativa da deficiência.
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Assim como ela, outros atores do elenco também são cegos e estão felizes em poder mudar a forma como a deficiência será mostrada.
“Podem falar sem medo de errar, somos pessoas com deficiência, não é necessidade especial e nem pessoas especiais. Temos esse compromisso de tirar a imagem de lugar de subalterno. Um compromisso ético, político e estético, acabar com essa cultura de excluir e oprimir. É um trabalho de formiguinha, mas tem sido muito bonito ver o elenco, sobretudo Humberto Carrão e Sophie Charlotte (que estão mais envolvidos nessa trama) se envolverem tanto pessoalmente com o tema”, explica Camila.
Na história, Camila é Gabriela, uma mulher livre, bissexual, que gosta de experimentar o amor. “Quem inventar parar a Gabriela, vai ficar pra trás. Ela só vai”, conta a atriz.
Ela gosta de samba, é alegre, descontraída, descolada e vai contar com um super companheiro em cena, Astor: “Não é só a minha estreia em novelas, é a do Astor também, o meu cão guia”.
Falando nisso…
O primeiro bloco de capítulos da novela Original Globoplay estreará juntamente com a trilha sonora da obra escrita por João Emanuel Carneiro, com direção artística de Carlos Araujo. As músicas estarão disponíveis nas principais plataformas de áudio.
Entre as canções que o público poderá ouvir, o tema de abertura As Rosas Não Falam, de Cartola, na voz de Sophie Charlotte e Leticia Colin, além de muito samba, MPB, rock e batidas de eletrônico. As composições originais feitas para o casal de músicos Oberdan (Douglas Silva) e Jussara (Mary Sheila) completam a lista.
Entre a violência e a magia
Depois do sucesso de Bom dia Verônica como a Delegada Anita, Elisa Volpatto se lança na direção teatral em Stalking. “É uma peça que conta a história real, com toques de ficção, da perseguição sofrida por uma mulher durante anos em seu ambiente de trabalho. O espetáculo aborda o universo da violência e das estruturas patriarcais que as mulheres precisam desarmar para serem credibilizadas”, conta a atriz.
Em clima de conto de terror documental, a peça fica em cartaz com curta temporada no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na sala Jardel Filho, de 27/10 a 06/11.
Já em novembro, Volpatto mergulha no universo lúdico e infantil, e participa do longa-metragem Uma Carta para o Papai Noel, de Gustavo Spolidoro, seu primeiro trabalho infanto- juvenil nas telonas. Ela interpreta a amargurada diretora de uma casa de acolhimento que não gosta que as crianças recebam presentes de Natal. No elenco, nomes como José Rubens Chachá, Totia Meireles e Polly Marinho.
Por uma boa causa
Leonardo Miggiorin tem se dedicado a uma boa causa social desde que se curou da depressão. Ele é o idealizador do Projeto Casa Encontro, que está promovendo uma campanha de arrecadação de fundos que serão integralmente revertidos para o programa que beneficia idosos em vulnerabilidade atendidos pelo Instituto Velho Amigo, que trabalha há mais de 23 anos pela longevidade saudável.
Léo é embaixador-guardião do instituto, que resolveu abraçar sua ideia. As doações podem ser feitas através do link.
Além disso, o ator estreia em breve a série adolescente Musa Música, no Gloob, e está em cartaz com o musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa, onde encarna o personagem Olímpio na peça baseada no último livro de Clarice Lispector, que narra a saga de Macabéa.
Fernanda Menezes Côrtes é jornalista, com mais de 20 anos de experiência em assessoria de comunicação, sendo os últimos onze anos voltados ao mundo do entretenimento e da televisão. Trabalhou na comunicação da Globo e do Canal Viva e como assessora de artistas.