Camila Pitanga foi uma das convidadas do “Altas Horas”, da Globo, do último sábado (9), que fez uma homenagem pelo Dia Internacional da Mulher. A global, então, aproveitou para comentar a história de vida de sua mãe, Vera Manhães, que foi atriz até os anos 80.
A artista revelou que atualmente Vera está fazendo musicoterapia e cantando. Em seguida, a atriz contou sobre a trajetória da mãe e as dificuldades que ela enfrentou: “Minha mãe passou por coisas muito difíceis. Mamãe também era atriz e, na época dela, uma mulher negra ficava invisível, à margem”.
“Quando fui estudar o feminismo negro, entendi muito mais a história da minha mãe”, acrescentou Camila Pitanga. “Entendi muito mais essa questão de ela fazer tratamento psiquiátrico. Parecia que era um problema dela. E foi muito importante entender que o problema não era ela. Era um problema também da sociedade que não a acolhia, que não dava chance de trabalho, não respeitava, que queria ela num lugar de objeto sexual, que queria ela em um lugar que ela não se identificava e que ela não suportou ficar”, desabafou ela.
A atriz finalizou falando do orgulho que tem da história dos pais: “É com muito orgulho que falo de Vera Manhães, tanto quanto eu gosto de falar de Antonio Pitanga. São duas referências muito importantes na minha vida”.
Na atração, Serginho Groisman aproveitou para homenagear Hebe Camargo, que completaria 90 anos em 2019. “A mulher para ocupar o espaço na televisão, ainda mais quando começou no Brasil, não foi muito fácil. E uma mulher deixa muitas saudades para gente, que é a Hebe Camargo”, afirmou.
“Uma pessoa incrível, uma pessoa de opinião e de generosidade, afetuosíssima… eu tive muito prazer na vida em conhecê-la”, disparou o apresentador.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]