Casagrande expõe indiretas após ataques a Bolsonaro e vê “muro” de diferença para Leifert

Casagrande
Casagrande deixou a Globo após 25 anos (Imagem: Reprodução / Globo)

Walter Casagrande revelou na tarde da última quarta-feira (6) a sua saída da Globo após 25 anos de trabalho. O comentarista concedeu entrevistas em que explicou em detalhes os motivos que levaram sua saída e mais de uma vez afirmou que não foi censurado pela TV.

Nos últimos anos, em especial de 2019 para cá, com a ascensão do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder, as críticas políticas de Casagrande se tornaram cada vez mais fortes e evidentes.

Ao UOL Esporte, o jornalista garantiu que não recebeu qualquer tipo de censura do canal da família Marinho, mas admitiu indiretas:

“É uma coisa difícil de responder, porque nunca fui censurado. Nunca me chamaram para dizer ‘para de falar do Bolsonaro’. O que senti é que meus posicionamentos sociais dentro da Globo não estavam tendo eco interno, com companheiros. Antes tinha. Percebi alguma coisa ‘vamos parar com isso’, indiretamente, ‘vamos diminuir isso'”.

Fiel ao seu posicionamento político desde antes do movimento Democracia Corintiana, Casagrande rasgou o verbo contra Bolsonaro e avaliou que a influência dele “é horrorosa para o país” e das piores que já viu na vida.

Casagrande detona Bolsonaro e influência do atual governo no país

Segundo ele, “homofobia, racismo e todo preconceito têm aval” do atual presidente do país. “Não estou inventando nada. Ele é assim”, resumiu.

“Tem várias falas dele sendo machista, atacando mulher, principalmente jornalistas, sendo racista e homofóbico também”, argumentou.

Por meio de vídeo publicado em sua rede social, Casagrande anunciou oficialmente sua saída da Globo após quase três décadas de trabalho.

O canal, por outro lado, emitiu um comunicado por meio do seu site de esportes e esclareceu que o rompimento do contrato ocorreu em comum acordo.

Casagrande vê “muro de Berlim” de diferença para opiniões esportivas de Tiago Leifert

“Tiago é o Tiago Leifert. E eu sou o Walter Casagrande Jr. Acho que tem um muro de Berlim nessa história”, definiu o ex-global, questionado sobre sua visão em relação ao trabalho do ex-apresentador do BBB no esporte.

“Tenho um bom humor, mas na hora que apareço na tela, não sou engraçado. Nem quero ser engraçado. Meu papel não é ser engraçado. É dar opinião”, avaliou.

Casagrande percebeu que o esporte da Globo mudou nos últimos anos. “Hoje está mais próximo do entretenimento. Um entretenimento despojado, mais divertido”, considerou.

“E eu acho, sinceramente, que o futebol é muito sério no Brasil. Porque mexe com a parte social e política do país. Sempre mexeu. Não é uma coisa engraçada. É muito sério”, defendeu.

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