Intérprete de Dom Pedro I no filme A Viagem de Pedro, Cauã Reymond falou sobre o longa que conta uma história não muito citada da vida do português, que foi quando ele retornou para Portugal.
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“O meu grande guia para fazer esse personagem, na verdade, foi o brilhante roteiro da Laís (Bodanzky, diretora), que escolheu o recorte desse momento em que ele está completamente frágil“, explicou em entrevista à revista Quem.
Desconstruindo a imagem do homem viril, Cauã explicou: “Foi muito interessante poder trazer várias camadas de desconstrução dessa figura, que é mostrada no filme de uma forma muito diferente da que a gente aprendeu na escola”.
“A personagem da Isabel é uma mulher superempoderada. Ela conduz o Dom Pedro ao prazer novamente por meio da aula que dá a ele mostrando como dar prazer a uma mulher de uma forma diferente e que não precisa ser a mais óbvia“, disse.
O artista, que também atuou como produtor do filme, adiantou: “A gente trouxe a epilepsia e a sífilis para contar essa história. Com isso, também abordamos a impotência sexual”.
“Há os fantasmas e alucinações. O roteiro mostrou para onde eu iria caminhar. Dom Pedro foi uma figura contraditória e retratada de formas muito diferentes”, destacou o ator, que recentemente chamou a atenção ao dar uma declaração sobre política.
Cauã Reymond fala sobre preparação para interpretar figura histórica
Acostumado a dar vida a diversos personagens, o galã explicou a diferença de interpretar alguém que realmente existiu.
“O personagem fictício te dá um pouco mais liberdade ao imaginar e criar”, pontuou.
“Quando você vai fazer um personagem que já existiu, há certa diferença. No caso do Dom Pedro, que é um cara contraditório e que já foi representado outras vezes, eu, a Laís e produtores do projeto decidimos estudar com todos os materiais que conseguimos“, completou.
