Cauã Reymond está no ápice de sua carreira, colecionando papéis marcantes e premiações pelo seu desempenho. Entretanto, seus dias nem sempre foram de glória e o ator relembrou uma fase dificílima de sua vida, quando ainda nem sonhava com sua profissão.
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Antes da fama, Cauã teve uma passagem por Nova York, trabalhando como modelo, como contou em conversa com Demian Maia, num podcast do Spotify: “Foi interessante minha trajetória lá em Nova York porque no começo eu só trabalhava como modelo, mas já estava um pouco cansado, de saco cheio. A cara do mercado da moda na época tinha mudado. Começaram a trabalhar uns caras muito magrinhos, ingleses, assim com o cabelo na frente do olho… Foi uma época em que parei de trabalhar, fiquei desempregado“.
O pai de Sofia passou por diversos lugares na cidade americana e lembrou da época de aperto quando dava aulas de artes marciais para sobreviver: “Eu morava com um árabe, um aluno meu. Também tinha o Bebs, um nigeriano bem querido. Agora eu esqueci, mas tem um cara que foi muito querido comigo na minha trajetória (…) E ele viu que eu era duro, que eu não tinha onde cair morto. Eu estava sem lugar para morar e ele falou: ‘Ó, em troca de aula particular eu te deixo morar no quarto dos meus cachorros’ (…) Ele tinha um pitbull e uma vira-lata. Era no Harlem. Fiquei dois anos morando com ele“.
Ainda na conversa com o lutador de UFC, Cauã Reymond detalhou a época de quase nenhuma grana em terras americanas e apertos inimagináveis, para quem o conhece da TV: “Eu ganhava 20 dólares na minha escola e o Fabio me dava uma grana de vez em quando. Eu ganhava um trocadinho assim, mas era muito justo. Era uma época que eu tinha que escolher a refeição do dia. Ou eu ia almoçar ou jantar comida salgada mesmo. E a outra refeição era sempre uma barra de proteína (…), uma banana e uma maçã (…) Foram dois anos de ralação. Com um casaco só e duas calças“.
Desse momento difícil, o galã contou que o pai o orientou a ser ator e que uma professora foi essencial nessa fase: “Uma coisa que eu nunca tinha pensado. Peguei uma indicação, fui numa professora, a professora se amarrou na minha e me deu uma bolsa de estudos. Eu falei que ia voltar para o Brasil porque não tinha mais dinheiro e ela me deu um emprego. Em meio período eu estudava. Acabava a minha aula e eu ficava mais cinco horas no escritório, fazia tudo: lavava banheiro, pintava, comprava coisas na rua, varria o chão, atendia o telefone quando era necessário. E em paralelo a isso busquei uma academia [de luta]“.
Cauã classificou Susan Batson, professora e coach de Nicole Kidmann há mais de 20 anos, como seu “anjo da guarda”. Daí, ele ganhou uma bolsa de estudos e conseguiu ficar nos Estados Unidos por mais tempo, numa condição mais confortável.
“Antes de eu voltar par ao Brasil, ela falou: ‘Olha, quando você voltar você vai ser assimilado pelo mercado brasileiro e se tornar uma estrela’. Aquilo tudo soava muito distante para quem não tinha dinheiro nem para comer duas vezes por dia. Aí, quando voltei para o Brasil, em poucos meses passei para o meu primeiro teste. Fiz um teste para a Rede Globo, passei e daí em diante fui tendo uma carreira que foi só crescendo“, disse Cauã Reymond, feliz com seu momento na carreira de ator.
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Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.