Por conta do assassinato de uma personagem no elevador, em “Salve Jorge” (2012), Gloria Perez sofreu todo tipo de crítica. Como as câmeras de vigilância não flagraram o criminoso? Na trama anterior, “Avenida Brasil” (2012), João Emanuel Carneiro foi alvejado por comentários, e até anunciantes, quando a mocinha perdeu todas as provas contra a vilã por não saber utilizar um pen-drive.
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Já em “O Sétimo Guardião”, a tecnologia que tanto atrapalha o desenvolvimento de uma novela, será usada a favor do folhetim. O autor Aguinaldo Silva situou seu enredo em uma cidadezinha – Serro Azul – onde o telefone celular só pega no alto de um morro, numa área conhecida como “orelhódromo”.
Os modelos utilizados pelos moradores de lá já são, em localidades mais desenvolvidas, peças de museu. Tudo muda quando um dispositivo para melhora de sinal é instalado no local, conforme adiantou Aguinaldo em entrevista à jornalista Cristina Padiglione:
“Em Serro Azul, como no resto do mundo, a internet também vai ser usada para o mal. Começa no capítulo 85, com a inauguração de uma antena de telefonia celular. E aí que começa a segunda parte da novela: quando não se pode mais guardar segredos, pois a rede sabe tudo […] A evolução dos meios digitais em nosso mundo durou 20 anos, mas em Serro Azul ela vai acontecer em 24 horas”.
A chegada da tecnologia à cidade é obra de Ypiranga Pitiguary (Paulo Betti), ex-prefeito de Greenville, e de sua esposa, Scarlet Mackenzie (Luiza Tomé). Os dois personagens fizeram sucesso em “A Indomada” (1997), atualmente em reprise no Canal Viva, às 23h30 e às 13h30. “O Sétimo Guardião”, cabe lembrar, estreia nesta segunda-feira (12), ocupando a vaga de “Segundo Sol”.
