A CNN Brasil passou a marca de cem dias no ar e sua autoridade maior, Douglas Tavolaro, considera uma “grande vitória” aquilo que a empresa conseguiu até aqui. Em entrevista ao jornalista Maurício Stycer, do UOL, o principal executivo do canal negou que haja um viés pró-Bolsonaro e minimizou as polêmicas e saídas precoces como a de Reinaldo Gottino.
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“As mudanças são naturais num canal que está nascendo”, disse Douglas. “São ajustes que a gente faz (…) a partir de dados de pesquisas internas. É um caminho natural para um projeto que nasceu há pouco tempo. Os vários talentos vão se conectando, você vai vendo o potencial de cada um e você vai encaixando na grade conforme o desempenho de cada um deles”, explicou.
O executivo falou sobre a saída de Gabriela Prioli de O Grande Debate, após a polêmica com Reinaldo Gottino. “A Gabriela é uma prata da casa, um supertalento”. É um talento de comunicação, de oratória. O que aconteceu foi um episódio pontual. Ela continuou no canal e está agora num projeto que a gente vê muito potencial, o CNN Tonight. Estamos muito animados”, confessou.
Sobre as críticas que a emissora recebeu a respeito da presença de William Waack durante a cobertura das manifestações antirracistas, Tavolaro defendeu o âncora: “Ele cometeu um erro (na Globo), ele se desculpou publicamente por esse erro e foi punido por isso. Ficou um tempo fora do mercado. Só que não merece uma punição eterna. Ele não merece outra oportunidade profissional depois de 40 anos de carreira? A CNN entendeu que ele merece“.
Douglas também rebateu as acusações que a CNN tem recebido de ser, supostamente, uma emissora-chapa branca do governo Bolsonaro. “É só assistir a CNN. A gente conseguiu dar um tratamento ao presidente Bolsonaro com todo respeito (…). Mas quando há pontos para serem criticados, a gente faz isso da mesma forma. Com respeito”, ponderou.
