Dois dias após a polêmica entrevista de Regina Duarte à CNN Brasil, o Jornal Nacional, da Globo, tocou no assunto. Na edição deste sábado (9), o telejornal noticiou um manifesto feito por grupo de mais de 400 artistas em repúdio às declarações da Secretária de Cultura do governo Bolsonaro.
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Em texto, assinado também por intelectuais e produtores culturais, eles declararam que fazem parte da maioria de cidadãs e cidadãos que defende a democracia e apoia a independência das instituições para fazer valer a constituição de 1988.
O grupo ainda pediu respeito aos mortos e àqueles que “lutam pela própria sobrevivência no país, devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público”.
De acordo com o JN, os artistas garantiram que fazem parte da maioria de brasileiros que “não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar”. Que não aceita “os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão”.
No telejornal, a apresentadora Monica Teixeira destacou: “Eles se referem à entrevista que a secretária Regina Duarte deu, na última quinta-feira (7), à CNN Brasil. Nela, quando confrontada sobre o apoio do presidente Bolsonaro à ditadura militar, Regina Duarte cantou um trecho da música ‘Pra frente Brasil’ e disse que ‘tortura sempre existiu'”.
“[Regina Duarte] disse também que ‘onde há vida, há morte’. A secretária citou ainda os ditadores Josef Stalin, da antiga União Soviética, e Adolf Hitler, da Alemanha, responsáveis pela morte de milhões de pessoas no século passado”, acrescentou a âncora.
O Jornal Nacional procurou a ex-contratada da Globo, que não se manifestou sobre o manifesto feito por atores, cantores, compositores, escritores, roteiristas, cineastas, artistas plásticos, fotógrafos e dançarinos.
Jornal Nacional citando a entrevista de Regina Duarte à #CNNBrasil pic.twitter.com/qzFosewKQa
— caslos (@eucaslos) May 10, 2020
