Cristiana Oliveira recorda rejeição por obesidade e dificuldade de autoaceitação

Cristiana Oliveira
Cristiana Oliveira contou que conseguiu dar a volta por cima e passou a se aceitar (Imagem: Reprodução / Instagram)

Atualmente feliz com o que vê no espelho e livre dos padrões estabelecidos pela sociedade, Cristiana Oliveira contou que nem sempre a situação foi assim com ela.

Durante sua participação no Encontro com Fátima Bernardes de segunda-feira (23), a atriz contou que teve muita dificuldade de se aceitar quando era mais nova.

A famosa, que lançou sua autobiografia, Cristiana Oliveira: Versões de Uma Vida, explicou: “O livro lembra essas minhas passagens de baixo autoestima para corresponder a expectativa do olhar do outro, sempre querendo seguir padrões e como isso me gerou frustrações e sofrimentos”.

“Quando eu era adolescente tive problema de obesidade, fui bastante rejeitada, fugi de casa para não encontrar meus amigos, era aquela insegurança, um complexo de inferioridade”, completou.

“Queria o tempo todo corresponder o que os outros queriam que eu fosse. Diziam que eu tinha um rosto tão bonito, mas que era gordinha e tinha que emagrecer“, recordou Cristiana Oliveira, que relatou:

“Cheguei a objetivar minha felicidade para poder ser magra, desde pequena. Minha primeira crítica era de uma professora de balé falar que eu teria que cortar meus ossos, que eu era pesada”.

Após muito sofrimento, a atriz conseguiu dar a volta por cima: “O espelho passou a ser meu inimigo. Não foi só questão estética. Sempre fui insegura e tive que ouvir do outro algo positivo para validar meu caráter”.

“Entre 40 e 50 anos eu falei: ‘Parou! Chega. Você já teve seus vícios, anorexia, transformou sua vida em uma coisa só. Eu era uma chata e só falava em emagrecer. Pelo amor de Deus, Cristiana! Para de ser arrogante, nunca vai ser perfeita”, declarou.

Cristiana Oliveira revela abusos psicológicos

Em recente participação no podcast Papagaio Falante, a intérprete de Juma na versão original de Pantanal, abriu o coração e contou momentos difíceis que viveu em em seus relacionamentos:

“Tive muitas [decepções amorosas]. Fui muito abusada psicologicamente, fui muito humilhada, porque às vezes eu me relacionava com pessoas que se sentiam inferiores a mim”.

“A pessoa tinha aquela insegurança de me ver grande, ganhando uma grana, se sentia ameaçada por mim e me agredia”, lembrou.

“Me traía – procurava uma outra pessoa, mesmo estando comigo -, me explorava financeiramente… Passei por tudo, até agressão [física]”, lamentou.

“Isso já tem muitos anos. Se fosse hoje, isso nunca iria acontecer, porque o meu comportamento de uns bons anos para cá é completamente outro. Não sou permissiva, muito pelo contrário. Mas naquela época eu falava: ‘não vou me expor, não vou causar escândalo…’”, disse Oliveira, que explicou: “Eu tinha noção [de que era vítima de violência], mas eu tinha medo de me expor… Talvez se tivesse acontecido comigo depois, eu teria essa voz, mas fui covarde”.

“Eu poderia ter tomado uma posição, poderia ter interrompido [as agressões], mas, como eu tinha medo, eu me diminuía para a pessoa [companheiro agressivo] se sentir mais importante e permitia esse tipo de coisa por insegurança”, concluiu.

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Carol BittencourtCarol Bittencourt
Brasileira vivendo em Portugal, Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.