Cristiana Oliveira revela o que fez para conseguir papel de Juma em Pantanal

Pantanal
Cristiana Oliveira como Juma Marruá na novela Pantanal (Imagem: Reprodução / TV Manchete)

Muitas famosas estão disputando o papel de Juma Marruá no remake da novela Pantanal, da Globo, mas Cristiana Oliveira, intérprete da protagonista original, revelou que não foi nada fácil para ela conseguir a personagem há 30 anos.

Em entrevista ao jornal Extra, ela revelou que seus vizinhos testemunharam a descoberta de que ela ficaria com o papel, já que desligou a secretária eletrônica na volta de uma viagem de férias aos Estados Unidos, aos berros: “‘Eu vou ser a Juma! Eu vou ser a Juma!’”.

“Tinha um paredão de pedra em frente à janela e aquilo dava um eco… E lá da rua, o pessoal devolvia: ‘Cala a boca! Que p… de Juma é essa?’”, disparou, antes de confessar que está louca para saber quem será a nova Juma.

Sobre como foi encontrada, ela revelou: “Estava em ‘Kananga do Japão’ quando o Jayme (Monjardim, diretor), disse que ia me tirar da novela para fazer ‘Pantanal’. E eu fiquei meio assim, estava bom lá”.

“Ele pediu que eu lesse o texto e me ofereceu a Muda (papel que seria depois de Andréa Richa). Li, percebi que a tal da Muda só entraria depois e não tinha muita coisa sobre ela. Aí, li a Juma. Fiquei enlouquecida. Briguei e briguei muito por ela!”, disparou.

“Jayme negou todas as vezes. Até hoje, não sei de quem foi a palavra final. Se dele ou do Bené (Benedito Ruy Barbosa, autor). É tudo muito estranho e distante. Eu era uma jovem, mas tem um filme passando na cabeça neste momento”, detalhou.

“Me lembro de coisas dos bastidores que nunca falei antes. Por exemplo, tinha dia em que eu fazia um bate-volta Rio de Janeiro, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, pegava um teco-teco ou um jatinho, o que tivesse, viajava 50 minutos até o set, me arrumava, gravava, almoçava e voltava porque tinha mais cenas no Rio, em estúdio, na manhã seguinte. Numa época em que não havia celular!”, recordou.

E sobre os bastidores, confessou: “Eu não gostava de beber ou jogar. E era o que tinha para fazer lá. Gerador não havia. Então, dava 19h eu estava dormindo. Acordava muito cedo também. Uma vez, o Paulo (Gorgulho), meu amigão até hoje, e o Marquinhos (Winter) me deram um toque: ‘Crica, você é muito antissocial’. E eu nem era”.

“Mas aí passei a frequentar as noites de seresta com eles”, brincou. Na época, porém, ela disse que enfrentava uma crise no casamento de seis anos com o fotógrafo André Wanderley, além da dor de ficar longe de sua filha Rafaela, de apenas 3 anos, que havia ficado no Rio.

“Era duro demais ficar longe dela. Ninguém podia levar filho ou família. Rezava para ir logo para Campo Grande e telefonar para ela. Porque, onde a gente gravava, só tinha rádio e ficava um monte de gente em volta. Nenhuma privacidade. Uma vez, numa conversa com meu ex, falei umas coisas e na semana seguinte estava na ‘Veja’ o que eu disse’”, lamentou.

Entretanto, a atriz ponderou: “Fazer parte de algo histórico, de estar ali fazendo num momento difrente, aprendendo, era maior. Não sei por que a novela aconteceu. Mas ver as pessoas mudando de canal foi incrível”.

Hoje, perto de completar 60 anos de idade, Cristiana revelou o desejo de fazer parte da trama, na pele de outra personagem: “A Juma é minha persona, e acho difícil não continuar sendo. Tivemos uma simbiose. Muito de mium foi para ela e dela para mim”.

“Mas hoje adoraria fazer a Filó (papel que foi de Tânia Alves e Jussara Freire na primeira versão)”, finalizou.

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