Tiago Leifert não mentiu ao dizer que Juliette Freire é um grande fenômeno. Muitos podem pensar que essa fama é algo exclusivamente positivo, mas não exatamente. A campeã do Big Brother Brasil mais recente se lançou no meio musical e tem recebido críticas bastante injustas dos internautas.
VEJA ESSA
Quando falamos da injustiça nas críticas, não dizemos necessariamente que o trabalho da ex-BBB em seu primeiro EP é irretocável, perfeito e dispensa melhorias. Não é o caso! O que se percebe é que a maior parte da repercussão negativa é puramente pessoal e nada profissional.
Falam que Juliette não é a melhor cantora, que ainda falta treino vocal e isso não deixa de ser verdade. No entanto, se a gente for parar para analisar o ranking da lista de mais ouvidos do Spotify, por exemplo, dá pra enumerar os hitmakers que pouquíssimo cantam ao vivo, que são basicamente artistas de estúdio e são altamente aclamados — o que não é errado. Dois pesos e duas medidas?
Também reclamaram das letras das seis canções do álbum musical de estreia da paraibana, mas vale uma citação a uma música de Inês Brasil — que não é aquela dona das melhores técnicas vocais — que liderou o TOP 50 de virais e metade de sua letra é: “Underererê, dererê, dererê. Unbadabadá, badabá, dabauê. Underegundê, degundê, degundê”. Entendeu a seletividade?
Alfinetam Juliette Freire por não ter composto suas músicas, mas vocês realmente sabem se suas músicas prediletas são criadas pelos artistas que vocês são fãs? E por que o trabalho do compositor deveria ser marginalizado em mérito dessa apologia ao crédito individual egoísta?
Outro ponto é que a ex-maquiadora só tem pouco mais de 4 meses que deixou a casa mais vigiada do Brasil, cheia de compromissos profissionais e contratos com marcas que inclusive virou embaixadora. E o que tem de errado em ela aproveitar as incontáveis oportunidades que surgiram? Vocês não fariam o mesmo, no lugar dela?
Alegaram que Juliette estava reforçando estereótipos regionalistas da Paraíba e do Nordeste como um todo, mas certamente não perceberam que o sotaque da famosa era ainda mais carregado na casa mais vigiada do Brasil. E essa cutucada vem justamente depois das críticas por ela se mudar para o Rio de Janeiro — a fim de cumprir os compromissos de sua carreira artística — como se ela tivesse esquecido da terra natal. É só o gosto de criticar, sem ao menos se preocupar em não ser contraditório?
Fora que tudo isso é bem problemático e até xenofóbico, já que a campeã do BBB 2021 vem sendo alvo de chacotas e censuras por exercer sua nordestinidade sem culpas. Desgostem de Juliette Freire, sem problemas… O grande ponto é assumir a verdadeira razão disso, sem maquiar o ranço pessoal por “críticas especializadas” de araque.
Confira:
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.