Dani Calabresa entrou no mundo do humor em 2005 e em 2007 chegou à TV. Hoje ocupando um espaço maior na mídia, a artista salientou que o privilégio masculino neste meio atrapalha mulheres de irem mais longe.
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“Tem tanta comediante muito talentosa e graças a deus algumas estão conquistando seu espaço. Foi mais fácil para os homens porque vocês têm permissão social“, pontuou Dani em entrevista ao Conversa Com Bial na madrugada de quarta-feira (29), na companhia de Fábio Rabin.
Na sequência, a entrevistada embasou o próprio posicionamento: “Quando eu era criança, eu fui criada com esse pensamento de que eu não podia falar palavrão, senão eu ia ser a louca. Mas os meus amigos homens arrotam, peidam, vão para o puteiro e contam isso com orgulho. E quando uma mulher falava que pegava dois [homens], era chamada de louca, piranha e biscate“.
“Foi mais difícil romper essa barreira e me impor num lugar de artista. Sou comediante e estou escrevendo piadas“, detalhou ela. Dani Calabresa colecionou atuações bem sucedidas na MTV, na Band e agora ocupa um local de destaque na Globo. Ela participou do Zorra entre 2015 e 2019 e ganhou status de diretora na emissora.
Voltando a falar sobre o machismo, Dani citou um episódio curioso com Fábio Rabin, quando uma pessoa da plateia começou a interromper uma de suas apresentações com palavras de baixo calão: “Ele gritava ‘gostosa’ e não sei o quê. Quando terminou o show, ele veio falar comigo e continuou. Então, o grupo todo veio [intervir] e começou uma briga no bar. O Rabin entrou no meio para me defender e deu um soco no gerente“.
Divertindo-se com o episódio desastrado, Rabin corrigiu a colega (e amiga): “Acertei uma cadeirada no dono do bar, na verdade. A mira estava ruim, os entorpecentes estavam bons“.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.