Danilo Gentili acusa governo Bolsonaro após polêmica com filme: “Cortina de fumaça”

Danilo Gentili

Danilo Gentili reage após polêmica envolvendo seu filme (Imagem: Reprodução / SBT)

Danilo Gentili voltou a comentar sobre a acusação de apologia à pedofilia ao seu filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, presente na Netflix e outras plataformas de streaming. O apresentador afirmou que é criticado por não fazer parte de panelas políticas.

No Morning Show, da Jovem Pan, o humorista declarou: “É uma coisa que eu passo desde o governo anterior, mas acho que as coisas até regrediram um pouco. Antes se perguntava qual é o limite do humor, agora é ‘qual é o limite da ficção?’. Qual vai ser a próxima pergunta a ser feita?”.

“Tenho meus palpites porque isso está acontecendo. É ano de eleição, existe sim uma coordenação. Foi editado, nem a cena completa está lá. É uma coisa que na verdade o filme está criticando. Quando se tem uma pessoa independente, que não faz parte de panela, essa panela se volta contra a pessoa. Já faz tempo que pedem a cabeça do meu emprego. Não acharam nada contra mim, pegaram um filme de 2017″, desabafou.

O famoso ainda ressaltou que o filme foi liberado pelos órgãos avaliadores da classificação indicativa nos últimos anos.

“O filme passou por todos os crivos dos órgãos competentes. Viajei para Brasília, o órgão classificatório viu o filme e me deu a censura de 14 anos. Não viram uma cena de cinco segundos editada, viram uma hora e meia”, afirmou.

Ele ainda completou: “Inclusive fui parabenizado pela pasta e pelo órgão competente, eles viram o filme inteiro”. Nesta terça-feira (15), o longa foi determinado pelo Ministério da Justiça a suspensão imediata da distribuição do filme em plataformas de streaming.

No programa, Gentili também comentou que a polêmica é uma “cortina de fumaça para encobrir o preço alto da gasolina e dos alimentos”. Segundo Gentili, tudo não passa de um ataque do atual governo para assassinar a sua reputação.

O motivo da treta do filme

Danilo Gentili e Fábio Porchat viraram alvo dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa de cena de filme que viralizou.

No trecho do filme, baseado no livro homônimo escrito pelo ex-CQC, o apresentador do GNT pede para ser masturbado por um adolescente. Os dois famosos, então, têm sido acusado de pedofilia.

Porchat interpreta Cristiano, um pedófilo que tenta abusar dos meninos, mas não consegue. “Vamos esquecer isso tudo, deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punhet* pro tio”, sugere o personagem.

Luiz Fábio Almeida
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Luiz Fábio Almeida

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]