Datena é alvo de condenação ao exibir homem algemado no Brasil Urgente

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Datena é condenado pela Justiça de São Paulo (Imagem: Reprodução / Band)

José Luiz Datena, apresentador do Brasil Urgente, da Band, foi condenado pela Justiça de São Paulo ao pagamento de uma indenização após a divulgação da imagem de um homem algemado pela polícia. Além do jornalista, a emissora paulista foi alvo da ação.

Com a decisão judicial, o comunicador e o canal da família Saad terão de desembolsar R$ 20 mil como indenização, segundo informações do jornalista Rogério Gentile, do UOL. A ação tem relação direta com um caso exposto em 2019.

Na época, o mecânico C.B.S, 47 anos, estava em uma loja de autopeças em São Paulo, quando foi detido pela polícia sob suspeita de integrar uma quadrilha de desmanche de veículos. O homem em questão foi algemado, assim como outros que estavam no local.

Pedro Leme Filho, desembargador e relator do processo, entendeu que a reportagem do Brasil Urgente passou do limite da informação com a exibição da imagem do mecânico algemado, mesmo que o nome dele não tenha sido revelado.

“Veicular a imagem do autor [do processo], sendo algemado e colocado no veículo policial, não era de interesse público, excedendo a liberdade de informação”, disse o magistrado do Tribunal de Justiça de SP.

“Se o propósito da notícia não era o de desonrar o autor, sua imagem naquelas circunstâncias não deveria ter sido veiculada no programa Brasil Urgente, mormente porque a reportagem divulga a imagem atrelada à suspeita de um crime. Sequer ouviram o mecânico antes de publicar a sua imagem”, pontuou.

Na Justiça, o mecânico afirmou que sua honra “foi jogada na lama”. Após ser levado pelos policiais, o profissional foi liberado da acusação e seu nome não foi colocado na denúncia apresentada contra a quadrilha pelo Ministério Público.

Datena e Band se defendem na Justiça

Como defesa, o famoso e a emissora afirmaram que não cometeram nenhum ato ilícito. “A reportagem em momento algum inventou ou aumento qualquer fato. Houve apenas a divulgação da diligência policial realizada”, argumentou.

Os representantes jurídicos mencionaram que “não cabia a eles duvidarem dos acontecimentos diligenciados pela polícia” e declararam que “tanto não cabia aos réus questionarem os atos realizados pela polícia, que o autor não foi liberado assim que chegou à delegacia”.

O desembargador não aceitou a visão dos defensores. Foi mais uma derrota de Datena e da Band na Justiça por causa de uma reportagem do Brasil Urgente.

Da Redação
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