Datena recorda trabalho ao lado de Sílvio Lancellotti e entrega perrengue gigantesco

Datena

Datena reage ao saber da morte de Sílvio Lancelotti e desabafa (Imagem: Reprodução / Band)

José Luiz Datena, que esteve com Sílvio Lancellotti na época em que a Band iniciou suas transmissões esportivas internacionais, afirmou que o lado eclético do jornalista, que faleceu na última terça-feira (13), aos 78 anos, era formidável.

“Estive com ele desde a época da primeira equipe do Luciano do Valle, quando passei de repórter para narrador esportivo”, contou em entrevista ao UOL Esporte.

“Eu era o segundo melhor narrador esportivo de futebol americano — e só tinham dois: O Luciano, quando fazia, e eu, quando o Luciano não queria fazer. Fiz muito jogo com o Sílvio Lancellotti”, declarou.

O âncora do Brasil Urgente lembrou que vários jogos eram exibidos de madrugada e era muito difícil a questão da informação.

“Eu precisava comprar a Gazeta Esportiva e, mesmo assim, não sabia nada. Eu pegava todos os jornais para tentar achar alguma coisa sobre esportes e o Sílvio me ajudava muito, era um cara muito eclético”, recordou.

O contratado da Band, que não largou as transmissões esportivas mesmo em sua fase como apresentador de programa policial, disse que confiava na informação dada por Sílvio. “Ele segurava a onda, era um cara excepcional para isso”, frisou.

Datena recorda perrengue em transmissão

O apresentadora voltou ao ano de 1994, quando a Band levou ao ar um jogo amistoso de Camarões contra a Grécia, antes da Copa do Mundo, e dois problemas apareceram antes da transmissão: ninguém conhecia o time da Grécia e a escalação veio toda em grego:

“Era Grécia contra Camarões, que só tinha o Roger Milla de famoso. O Luciano [do Valle] me falou: ‘se você for bem, vai para a Copa com a gente como narrador’. O problema foi que, minutos antes da transmissão — que fizemos do estúdio —, a escalação veio toda em grego”.

Datena disse que só conhecia o Milla e o camisa 10 da Grécia e mais ninguém: “Quando veio a escalação em grego, congelei. Falei: ‘Sílvio, não conheço ninguém!’. Ele falou que daria um jeito, que conhecia alguma coisa do alfabeto cirílico”.

Sílvio montou duas escalações e quando terminou o primeiro tempo, a escalação veio em inglês e não batia um jogador. “Aí ele falou: ‘e agora?’. Falei: ‘e agora esse alfabeto cirílico seu não vale! Agora nós mudamos os 22 jogadores e vamos embora’. Mudamos todos e fomos até o fim”, resgatou.

Da Redação
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