José Luiz Datena não conseguiu segurar a emoção durante o Brasil Urgente, da Band, nesta terça-feira (12). Em pleno Dia das Crianças, o apresentador mostrou cenas de crianças que recebiam doações de brinquedos, mas preferiam comida, por causa da crise enfrentada pelas famílias.
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Após um menino dizer que “brinquedo não mata fome”, o jornalista detonou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e desabafou. “Enquanto uma criança no Brasil, que tem que ter vida de criança, diz que brinquedo não mata fome e é mais importante receber uma comida que um brinquedo, esse não será um país justo”, iniciou ele.
“Enquanto o nosso ministro da Economia é pragmático e fica deitado nas teorias dos livros que ele estudou, e mesmo assim não pratica nada de assistência social nesse Governo Bolsonaro, que não governou até agora, principalmente para o povo… enquanto não há projetos no Congresso brasileiro, que só fala em política e em eleição, enquanto existir um pai de família com a mão estendida com R$3, com um bebê no colo e não tendo perspectiva, nós não teremos um país justo”, seguiu o famoso.
O apresentador do Brasil Urgente ainda disparou: “Enquanto a gente achar que é normal o ministro que cuida da recuperação do país para que o povo tenha acesso a alimento, remédio e combustível mais barato… E esse ministro tem uma conta com R$ 53 milhões fora do país, e a gente não acha isso imoral, esse país não será justo”.
“Porque não pegar todo o dinheiro que tem no Governo e, ao invés de distribuir para político, como é feito em São Paulo e Minas, e não acode o povo brasileiro? As pessoas estão morrendo de fome”, sugeriu o jornalista.
Datena, então, disse que “os políticos brasileiros deveriam ter vergonha na cara” e afirmou que não se candidatou em outras eleições por comentários negativos. “Um dia, um político importante disse que político não tem senso ridículo. O outro me disse que político não pode ter ética. Por essas frases e outras eu não entrei para a política até agora“, ressaltou.
Porém, para ele, agora a situação é diferente. “Platão, que foi um sábio, dizia: se você não entrar na política e não for um bom cidadão, com boa intenção – e meu único interesse em entrar na política é público, de ser um bom brasileiro – enquanto você não entrar na política, o mau político continuará lá e ele vai ocupar o lugar do bom político“, afirmou.
“É por isso que ainda penso em entrar para a política”, completou o contratado da Band, que se filiou recentemente ao PSL e foi alçado a pré-candidato nas eleições de 2022. Porém, a fusão entre PSL e DEM pode mudar a situação do apresentador dentro do cenário eleitoral.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]