Durante entrevista ao “Conversa com Bial”, Dira Paes revelou um momento difícil em sua vida pessoal. Falando sobre a importância do “Criança Esperança”, do qual é uma das mobilizadoras, a atriz disse ter se emocionado ao entrar em um hospital de câncer infantil.
Na atração, a atriz relembrou a perda de uma sobrinha, com 13 anos. “Eu me sinto completa, útil, a favor daqueles que precisam, enfrentei meus medos. Vou confessar: não é fácil em uma casa que acolhe crianças e famílias com câncer. Para mim é muito difícil”, contou.
Ela afirmou que foi preciso ter forças. “Eu entrei e não chorei, porque falei: ‘Dira, você não vai chorar’. Isso é transformador, porque venci um bloqueio que eu tinha, eu pedia para não ir. Mas eu fui”, disse a Bial. Sobre o “Criança”, Dira falou que ser mobilizadora é mais do que acompanhar as arrecadações.
“A doação não é o foco principal, ela é a mola motora de tudo, hoje pode doar a partir de R$ 1. A coisa mais linda é você provocar nas pessoas a vontade de mobilizar, de fazer alguma coisa, qualquer coisa”, explicou ela, que também relembrou a influência da mãe, o que a fez tornar-se ativista.
“Dentro de casa já tinha exemplo da minha mãe que sempre teve uma inquietude muito grande em orientar pessoas que vinham do interior, que queriam tirar carteira de trabalho, que precisavam de consulta, a gente recebia muito em casa. Isso fica na memória. Isso foi me formando”, confidenciou.
Paes também relembrou o “Humanos Direitos”, movimento criado por ela em 2003 e que reuniu artistas em atividades individualizadas buscando a defesa dos direitos humanos, em temas ligados ao meio ambiente, índios, quilombolas, crianças e adolescentes.
“Nós somos atores, vivemos da nossa imagem, precisamos entender e localizar cada assunto em seu devido lugar. Nós somos artistas, mas somos cidadãos, e cidadãos se incomodam com injustiças sociais. A gente atua dando visibilidade para causas humanitárias”, encerrou.
