Nesta segunda-feira (19), a novela Minha Doce Namorada completou 50 anos. A trama de Vicente Sesso que reforçou a imagem “pueril” de Regina Duarte – e que, anos depois, lhe rendeu a alcunha “namoradinha” do Brasil –, é sempre lembrada por fãs do SBT. Isso porque, tempos atrás, a emissora de Silvio Santos adquiriu os direitos sobre o texto deste folhetim e de Uma Rosa Com Amor (1972).
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Mas, de acordo com informação obtida por esta coluna do RD1 e confirmada junto à Comunicação do SBT, a regravação de Minha Doce Namorada, no momento, é inviável. O acordo com Sesso, feito em 2007, chegou ao fim em 2014. Diferente de Uma Rosa com Amor, adaptada por Tiago Santiago em 2010, Minha Doce Namorada vai seguir na memória apenas de quem viu a versão original.
Esta também acabou se perdendo no tempo… A Globo não possui mais registros da produção que reunia nomes como Cláudio Marzo, Mário Lago, Sadi Cabral, Célia Biar, Marcos Paulo, Maria Cláudia, Susana Vieira e Vanda Lacerda.
Documento histórico
Marcílio Moraes revirou os arquivos pessoais e disponibilizou o roteiro original do primeiro capítulo de Roda de Fogo (1986) em seu site. O dramaturgo compartilhou detalhes inéditos do “sufoco” que foi para dar o “pontapé inicial” na trama e de como uma mudança feita por ele no texto de Lauro César Muniz foi importante para a aprovação da história.
“A ideia básica de Roda de Fogo’surgiu na Casa de Criação, da Globo. E eu criei primeira sinopse. Como eu era um iniciante na TV – só tinha feito um trabalho, Roque Santeiro – foi chamado o Lauro César Muniz para assumir a novela. Sob o comando dele, fizemos algumas modificações na história. Mas os primeiros capítulos que o Lauro escreveu foram questionados pela direção da Globo, que então me pediu para tentar outro caminho“, revelou.
“Eu retomei a minha sinopse original (ênfase no conflito pai x filho) e escrevi um novo primeiro capítulo, que agradou. Foi a partir deste capítulo que desenvolvemos a novela. Os créditos que, de início, seriam ‘Novela de Lauro César Muniz. Colaboração de Marcílio Moraes’, passaram para ‘Novela de Lauro César Muniz. Escrita por Marcílio Moraes e Lauro César Muniz‘”, prosseguiu o autor.
“Foi uma verdadeira ‘prova de fogo’ (aliás, o primeiro título cogitado) para mim: tinha que mostrar que sabia fazer“, concluiu Marcílio, que prometeu, para breve, a versão do colega. O capítulo em questão pode ser lido através do PDF disponibilizado no site oficial de Moraes, que traz bastidores de outros tantos trabalhos. Caso de Sonho Meu (1993), que, se nada mudar, substitui Era Uma Vez… (1998) no Canal Viva em julho.
Faustão no paredão
Em entrevista ao site Meio e Mensagem, José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, comentou sobre a saída de Faustão da Globo. “Tem um cara com quem trabalho, que está indo embora neste ano, que é o Fausto (Silva), que é um dos maiores comunicadores que a gente tem. O Domingão do Faustão é uma coisa que temos que respeitar e eu salvaria o Faustão do Paredão, sempre“, revelou.
Fora da panelinha
Um post da jornalista Patrícia Kogut criticando a repetição de atores nas novelas da Globo, intensificada por conta das reprises, causou muita repercussão entre atores vistos com menos frequência na TV. “Que possam dar oportunidade para outros artistas“, escreveu. “Puxadíssimo“, endossou Dadá Coelho. Antonio Grassi, Hugo Bonemer, Marcio Kieling e Simone Gutierrez reagiram como emojis de palmas.
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Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]