Próxima novela das 21h, “Amor de Mãe” não foi a única produção debatida no lançamento do MG4, novo complexo de estúdios da Globo, no início deste mês. Segundo informações da jornalista Cristina Padiglione, Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da emissora, citou brevemente, em entrevista, a produção de “Um Defeito de Cor”, supersérie prevista para 2021.
A obra de Ana Maria Gonçalves será adaptada por Maria Camargo, responsável pela minissérie “Dois Irmãos” (2017), do livro de Milton Hatoum, e pela série “Assédio”, baseada em publicação de Vicente Vilardaga – uma produção original Globoplay exibida pela Globo no primeiro semestre.
“Estamos imaginando uma coisa bem complexa para 2021: estamos trabalhando num grande épico, uma coisa bem complexa, que o Ricardo [Waddington, diretor responsável pelos Estúdios Globo] tá quebrando a cabeça para resolver“, disse Schroder.
“Um Defeito de Cor” acompanha a trajetória de Kehinde, nascida em Savalu, República do Benim, no continente africano. Aos oito anos, após a morte da mãe e do irmão, ela parte sem rumo com a avó e a irmã gêmea Taiwo, até serem capturadas em Uidá, onde são jogadas em um navio negreiro rumo ao Brasil. Apenas Kehinde sobrevive à viagem.
Já no fim da vida, então portadora de deficiência visual – e após enfrentar violência física e sexual –, Kehinde deixa o continente africano em busca do filho perdido no Brasil.
A adaptação para a TV conta, além de Maria Camargo, com os roteiristas Bianca Ramoneda, Luciana Pessanha, Mariana Jaspe, Paulo Lins e Pedro Barros. Eduarda Azevedo responde pela pesquisa; já o multimídia Nei Lopes, estudioso de culturas africanas, assina a supervisão. Ainda não há informações sobre o diretor artístico responsável pela produção.
Cabe lembrar que a Globo abriu mão das superséries em 2019, frente às dificuldades de encontrar um título adequado. “O Selvagem da Ópera”, então cotada para a faixa, acabou adiada por conta da complexidade dos trabalhos. Já “Sem Limites” e “Irmãos de Sangue”, projetos de Euclydes Marinho baseados nas obras de Nelson Rodrigues e William Shakespeare, foram engavetados sem maiores explicações.
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