O diretor de conteúdo da Band, Patricio Díaz, conversou com exclusividade com o RD1 e revelou algumas novidades que marcarão a programação do canal nos próximos tempos.
Díaz contou que o “Pesadelo na Cozinha”, que estreia nesta terça-feira (27), às 22h45, não vem como um “tapa-buraco” na grade da emissora, após o término da 10ª temporada do “MasterChef Brasil”. De acordo com o diretor, Erick Jacquin vai comandar a segunda temporada do “Pesadelo” e, simultaneamente, estará na 11ª temporada do “MasterChef”.
“O ‘Pesadelo na Cozinha’ não será um programa na entre-safra do ‘MasterChef Brasil’. Vai ter mais ‘MasterChef Brasil’ com ‘Pesadelo’. São dois produtos independentes. Eu acho o ‘MasterChef Brasil’ é um show de talentos de pessoas que querem mudar de vida em busca de seu sonho e onde os protagonistas são pessoas normais. É outra pegada e os participantes entram em uma competição conjunta. Coletiva“, explicou.
“O ‘Pesadelo’, por outro lado, é auto-conclusivo, pois se trata de um estabelecimento que têm seus donos, sócios, que às vezes são familiares, amigos, enfim, tudo isso tem uma trama e uma densidade de amizades e relacionamentos, geralmente pesada, e que traz uma crise por trás que pode ser financeira por causa de funcionamento, de relacionamentos. Eu acho que são duas coisas diferentes. Eu falei que sou fã dos dois formatos, mas que sou muito mais fã do formatos dos brasileiros, porque o Jacquin tem uma sensibilidade singular para fazer este formato“, prosseguiu o diretor, que analisou e comparou as versões britânica e brasileira.
“A versão britânica, que é apresentada pelo chef Gordon Ramsay, conhecidíssimo no mundo inteiro, não é a versão brasileira, apresentada pelo Jacquin. A história e a sensibilidade do Jacquin dá um toque muito mais latino ao programa Ele é uma pessoa muito generosa e tem um coração enorme e é isso que me refiro quando falo que ele tem muita sensibilidade. Vocês viram como ele se portou, prestigiando os profissionais da equipe, creditando a todos o trabalho do programa até aqui. Não muitas pessoas que estão na frente das câmeras e que, em uma coletiva de imprensa, prestigia as pessoas que estão do outro lado das câmeras. Isso tem a ver com uma pessoa generosa, que sabe que todo o trabalho é de uma equipe e que, por causa de todas essas qualidade que tem, faz com que ele tenha sucesso na missão que ele tem no ‘Pesadelo’ que é resgatar restaurantes e, sobretudo, pessoas em um momento de uma quase falência”, falou.
Patricio ainda contou se haverá novidades na versão brasileira do “Pesadelo na Cozinha” para dar uma apimentada no programa. “Eu não sei se apimentada, mas acho que naturalmente, todo formato que é adaptado tem diferenças. Eu acho que o jeito como as pessoas se tratam é diferente de como se tratam na Grã-Bretanha. Eu acho que nessa temporada, quisemos que o Jacquin cozinhasse mais. Ensinasse mais. Isso agrega bastante para o dono do restaurante. Que ele [Erick Jacquin] ensine, cozinhe e faça algo simples, com a cara do restaurante e fácil“, analisou.
“Jacquin tem essa habilidade de fazer vários cardápios. Ele tem essa facilidade de cozinhar com foie gras ou fazer torresmo e fica muito bom. Além disso, ele tem um senso estético muito bom, pois sabe dar dicas de decoração. Obviamente, ele não é um arquiteto, mas ele sabe falar sobre dicas interessantes de decoração e que o faz um profissional ideal para este programa. Não tem outro profissional para isso. Não tem ‘Pesadelo na Cozinha’ sem Jacquin. Não tem!“, salientou.
Sobre o retorno do “MasterChef Brasil” às terças-feira, a partir da próxima temporada, Patricio contou que não está sabendo de nada em relação a isso. “Não estou sabendo de nada ainda e não consigo dar uma opinião sobre isso ainda. Estamos trabalhando muito na programação, mas não tenho uma informação certa ainda. Por enquanto, são alternativas que estamos analisando, mas nada certo ainda“, desconversou Díaz.
Em relação aos índices de audiência do “MasterChef Brasil” aos domingos, Patricio comentou que não é a pessoa ideal para idealizar isso por ser diretor de conteúdo da emissora. “Eu sou diretor de conteúdo e procuro fazer o melhor para que o produto seja o melhor possível. A questão estratégica é por conta do Antonio [Zimmerle] que está no comando dessa parte. Essa não é minha praia“, disse Díaz.
Sobre o “MasterChef All Stars”, Patricio Díaz confirmou a nova versão do reality show culinário mais famoso do Brasil. “Eu posso confirmar, mas é melhor a Marisa Mestiço falar porque ela é diretora do ‘MasterChef Brasil’, mas posso confirmar sim esta informação“, disse o diretor.
“MasterChef – A Revanche. Não serão famosos. Serão ex-participantes da cozinha do MasterChef”, contou Marisa Mestiço.
“‘MasterChef – A Revanche’ vai acontecer e é o nosso formato especial que assumirá as nossas noites, logo após o ‘Pesadelo na Cozinha’ e já está em pré-produção. Daqui três semanas já começaremos a gravar o programa“, revelou Marisa. Sobre possíveis nomes, Patricio disse: “Ainda não há nomes, mas assim que a produção finalizar o processo de casting – elenco -, divulgaremos para todos“.
Marisa, perguntada sobre a participação de ex-participantes polêmicos, explicou que depende do que é “polêmico”. “Depende do que é esse ‘polêmico’. Acho que todos estão dentro da possibilidade e o nosso critério é sempre o mesmo: quem está apaixonado pela cozinha e tem esse dispositivo, seja lá o que aconteceu com a pessoa depois do programa. Mas seja polêmico ou bonzinho, a gente não tem os nomes fechados e a gente não acredita nesse rótulos“, explicou.
Patricio emendou a explicação dizendo que os participantes serão escolhidos, também, pelo desempenho na atração. “A ideia é fazer a edição dos campeões morais. Aqueles que chegaram perto, bateram na trave por conta de um vacilo bobo e que mexeu com os jurados por causa da eliminação. “A Revanche” é isso: a segunda chance. A última chance”, contou Díaz.
Sobre a possibilidade de um “MasterChef Brasil – Celebridades”, Marisa Mestiço entregou que o formato possibilita tal produção. “A franquia do ‘MasterChef’ mundialmente, tem vários formatos. Celebridades é um deles, mas, artisticamente, o Patricio Díaz pode dizer, como diretor. Como diretora do programa, não me veio nenhuma demanda disso. Estou fazendo o que seria esse ‘All Stars’, que será “A Revanche” com essas pessoas que já passaram pela cozinha. Mas, dentro da franquia mundial, isso não é uma relação da Band. Faz parte dos formatos, assim como foi o [MasterChef] Júnior, assim como foi o ‘MasterChef Profissionais’. Existe o ‘Celebridades’, mas, neste momento, eu não fui acionada artisticamente pela Band para pensar no celebridades“, contou.
Participando da conversa, Patricio Díaz, então, aproveitou para revelar se há a possibilidade de um “MasterChef Celebridades”. “Todas as possibilidades existem e eu acho que ele é um programa muito rico e demonstrou isso com suas várias edições. Estamos pensando somente neste ano, mas ano que vem vamos pensar em outras possibilidades. Ainda é muito prematuro pra dizer que, pois nem começamos a gravar“, despistou.
“Na primeira temporada do ‘MasterChef’, própria Band falou que estava aberta a todos os ‘spin-offs’ do MasterChef. A gente já fez dois e estamos fazendo o terceiro agora, então, porque não continuar abrindo o leque“, disse Díaz.
Em relação ao “MasterChef Junior”, Mestiço disse que não há previsão de outra temporada. “Não. Ele está dentro da franquia, mas a gente optou por trazer o ‘Amador’, que é a nossa edição maior, e o ‘Profissionais’ que virou uma paixão, pois quem entra no amador, acaba querendo ver como as pessoas que são profissionais trabalham e acham que, aproveitando o gancho do ‘Pesadelo’, é o cerne do que é o programa do Jacquin, pois é a relação do cozinheiro dentro do seu próprio negócio. Ele [Erick Jacquin] durante a coletiva de imprensa] usou a expressão de falar: ‘No MasterChef a gente tem os sonhos individuais. No ‘Pesadelo’ é o lugar onde você destruiu seu sonho e, talvez você consiga fazer ele reviver”, concluiu Marisa Mestiço.
