Drag afirma ter sido vítima de homofobia em templo da Igreja Universal
Sophia Barclay, fiel da Igreja Universal do Reino de Deus há cinco anos, relata ataque homofóbico em templo do Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução / Instagram)
A drag Sophia Barclay, que atua como apresentadora, cantora e digital influencer, revelou ter sofrido ataques homofóbicos dentro da Igreja Universal do Reino de Deus, pertencente a Edir Macedo. Sophia frequenta a Universal há cinco anos – desde quando o bispo Macedo afirmou que gays eram bem-vindos nos templos. Em conversa com a coluna de Ricardo Feltrin, do portal UOL, ela afirmou que foi ridicularizada por ser drag e estar maquiada.
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O caso teria ocorrido numa unidade da Igreja Universal na zona oeste do Rio de Janeiro. O episódio se deu na última quinta-feira (8). Sophia Barclay foi à chamada sede de Santa Cruz com o amigo Ilton, deficiente físico e mental. Na ocasião, um segurança da Universal impediu o rapaz de usar o banheiro. Na mesma noite, a drag viu um menor em situação de rua ser expulso das proximidades do local por dois seguranças do templo; um deles, armado.
Anteriormente, Sophia foi discriminado por fiéis, tal qual ela, que se converteu por intermédio de uma obreira, após um período morando nas ruas – depois de ter sido espancada pelo pai, sofrido abuso sexual e fugido de casa. Agora, ela decidiu levar o caso às autoridades, contando, segundo a própria, com o apoio de amigos, entidades e movimentos de direitos civis.
A instituição capitaneada por Edir Macedo, por meio do UNIcom – Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal –, refutou as acusações em nota. “Sendo um dos principais alvos do preconceito no Brasil, a Igreja Universal do Reino de Deus é rigorosamente contra qualquer tipo de discriminação, a qualquer pessoa”, rebateu.
“Segundo sua própria declaração, Sophia Barclay frequenta a Universal há cinco anos e, portanto, sabe que o incidente citado não condiz com o procedimento normal da Igreja. Sophia e todas as pessoas da comunidade LGBT continuam sendo bem-vindas nos cultos da Universal. Os fatos do incidente estão sendo apurados e serão usados para as devidas orientações aos envolvidos”, concluiu.
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