O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, nesta segunda-feira (20), para reagir contra uma reportagem do Fantástico, da Globo, que foi ao ar no domingo (19). A matéria tratava sobre a caça de javalis.
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O jornalístico apresentou uma denúncia grave: a caça ao javali virou um pretexto para grupos se armarem, inclusive com fuzis. Isso estaria acontecendo em função da flexibilização do acesso a armamentos, uma bandeira do governo Bolsonaro.
Filho do presidente, o deputado iniciou o vídeo com deboche: “Fantástico, pode ficar tranquilo porque não vou ficar pedindo direito de imagem, derrubar vídeo no YouTube, fazer essa presepada toda não. Nossa vida pública e privada é tudo misturada”.
“Eu só aguardo o drone ir na minha casa. O drone de vocês só foi na do Flávio [Bolsonaro], mostra a minha casa também para o pessoal”, acrescentou, com ironia.
Eduardo Bolsonaro, então, declarou: “No assalto a banco de Criciúma, no de Araçatuba, no novo Cangaço, o pessoal não compra arma em loja. Esse pessoal não dá o endereço, não prova que tem mais de 25 anos, não comprova residência física, trabalho lícito, nada costa na Justiça Federal, Estadual e Eleitoral, não faz prova de manuseio de tiro, não faz exames psicológicos e certamente não está disposto a ir treinar no clube de tiros. São situações diferentes”.
“A Globo persegue por uma questão ideológica porque imagina que o mundo perfeito é o sem armas”, disparou o político, que ainda acrescentou: “Eles tentam trazer essa confusão mental”.
O deputado também afirmou: “Eles começam com um clássico. Qual é o clássico da Rede Globo? Recortar trechos. Pegaram para Cristo o Samurai Caçador, que hoje em dia é vereador. É uma pessoa que é exponente na área, manda muito bem no trabalho dele. Pegaram um trecho de uma palestra dele”.
Eduardo ainda criticou o fato de a reportagem analisar os números de janeiro de 2019 a agosto de 2021. “Por que que foi quebrado esse número para tentar chegar ao maior número possível e mostrar um número mais impactante?”, questionou.
O recorte, no entanto, representa toda a gestão Bolsonaro, e foi pausado em agosto porque o certificado de registro demora cerca de três meses para ser emitido.
O parlamentar também opinou dizendo que o objetivo da reportagem é frear o armamento da população. “Eles querem colocar mais burocracia a ponto de ficar impossível de você ter a sua arma”, declarou.
Caça ao javali: resposta ao Fantástico https://t.co/LWAdGC9EHP
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) September 20, 2021
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]