
Mesmo depois das muitas críticas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu questionar a tortura sofrida por Miriam Leitão durante o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). Em reunião no Conselho de Ética da Câmara, ele voltou a pôr dúvida no relato da jornalista.
“A Miriam Leitão diz que foi torturada, assim como todas as pessoas que estão nos presídios hoje em dia dizem que foram torturadas”, disparou o político.
Ainda no seu desabafo, Eduardo Bolsonaro afirmou: “Ela tendo como única prova o depoimento dela, eu tenho que ser obrigado a acreditar na versão dela, eu não posso sequer fazer uma piada”.
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Miriam Leitão, cabe lembrar, sofreu tortura em 1972, quando estava grávida, chegando a ser colocada em uma sala escura junto de uma jiboia, por ser militante do PCdoB.
Recentemente, então, após a comentarista afirmar, em sua coluna no jornal O Globo, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria “inimigo da democracia”, Eduardo Bolsonaro declarou que tinha “pena da cobra”, em menção às torturas sofridas pela jornalista.
“Fui envolvida por uma onda forte, boa e carinhosa desde domingo. Eu agradeço a todas as pessoas que se manifestaram aqui e por outros caminhos. As mensagens me fortalecem e me ajudam a ter esperança no Brasil e no futuro da democracia, que nos custou tão caro”, se manifestou Miriam, na ocasião.
Eduardo Bolsonaro aumenta polêmica com Miriam Leitão
Em seu Twitter, no começo do mês, o parlamentar usou trechos de um comentário da global na GloboNews e aproveitou para rebater a jornalista.
“Dados demonstram IMENSA MELHORA de nossa economia. Aí a sra Miriam Leitão, que recentemente defendeu LULA como única opção, solta um exemplo de honestidade e isenção: ‘Não é que o Brasil melhorou, Brasil está numa situação de dificuldades também, MAS outros países pioraram muito’”, disparou Eduardo.
Em sua defesa, ele compartilhou um vídeo no qual faz críticas à imprensa. Segundo ele, “sobre a questão da cobra, existe apenas a palavra da Miriam Leitão dizendo que isso ocorreu”.
Na gravação, o parlamentar ainda mostrou manchetes de reportagens e colunas de vários veículos e afirmou que “se eles de fato se preocupassem com uma democracia saudável, com o combate ao discurso de ódio, eles não se indignariam com chamadas de jornais como essas?”.
“Não estão realmente preocupados com um tuíte que eu dei e que eu possa ter ofendido a Miriam Leitão, estão preocupados em sair como vítimas e colocar em mim a pecha de torturador, de ser extremista, quando na verdade é justamente o contrário”, comentou Eduardo Bolsonaro.
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