A crise de audiência do SBT ganhou mais um exemplo. Um estudo realizado colocou em evidência o quanto a emissora de Silvio Santos perdeu público em pouco mais de duas décadas.
VEJA ESSA
Em 2001, o SBT fechou em segundo lugar com 25,7% de share (número de televisores). Como comparação, em agosto de 2023, a Globo obteve 33%. Em relação ao canal paulista, um quarto dos brasileiros assistiam ao seu conteúdo.
Na época, isso era o mesmo que 10,9 pontos de audiência. Em 2023, 22 anos depois, o SBT caiu para 3,9 pontos, o equivalente a 9% do público.
Em todo esse tempo, a emissora viu 65% do seu telespectador desaparecer a cada nova grade, segundo o jornalista José Armando Vannucci.
Em 2002, o veículo de comunicação bateu 10,2 pontos de média. Em 2003, o índice despencou para 8,8 pontos, mas manteve 20,3% de participação.
Pandemia afetou o SBT mais do que qualquer outro canal
Em 2020, no primeiro ano da pandemia, o canal angariou 5,8 pontos e 12% de aparelhos sintonizados. Em 2021, 5,0 pontos e 10,8%. Em 2022, o ápice da crise: 4,2 pontos e 9,6%.
Distante da segundo posição no ranking de audiência da TV aberta, a programação virou refém da Band em vários horários e perdeu fôlego pelo fracasso da reprise de Rebelde, o fiasco de A Infância de Romeu e Julieta e a falha da programação matinal, ocupada por notícias do Primeiro Impacto.
Daniela Beyruti, vice-presidente da empresa, deu a ordem: uma nova grade e empenho acima do comum por todos os funcionários para uma reação.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].