Em novo quadro, “Fantástico” ri de globais e alfineta Flávio Bolsonaro

Fantástico

“Fantástico” debochou de Flávio Bolsonaro e de ministro de Bolsonaro em novo quadro (Imagem: Reprodução / Globo)

O “Fantástico”, da Globo, surpreendeu o público ao estrear, neste domingo (20), um novo humorístico. Em um rápido quadro de humor, o programa riu de imagens do acervo da emissora e também debochou de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Em “Isso a Globo Não Mostra”, algumas gafes de Ana Maria Braga no “Mais Você”, por exemplo, foram lembradas. O programa mostrou os momentos em que a apresentadora trocou os nomes dos convidados, como de Simone e Simaria e do ator Paulo Betti.

O quadro também riu de outras atrações e artistas, como o “Conversa com Bial”, Zeca Camargo, Ana Paula Araújo e Casagrande, sempre explorando os erros de gravação ou citando situações divertidas.

Já em cunho político, o “Fantástico” fez uma clara menção ao senador eleito Flavio Bolsonaro, exibindo um coro de apresentadores de telejornais da Globo falando “foro privilegiado”. O encerramento ainda contou com uma reportagem sobre cultivo de laranjas.

Em outro momento, o humorístico, cujo nome é uma referência a uma frase do personagem Militante Revoltado, vivido por Marcelo Adnet no “Tá no Ar”, fez uma recriação da morte de Odete Roitman, em “Vale Tudo”. A vilã apareceu sendo assassinada por um liquidificador, lembrando a frase do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que disse que uma arma em casa representa tanto risco para uma criança quanto um liquidificador.

A vingança de Bolsonaro! Projeto de lei deve minar verba da Globo

A situação da Globo no governo de Jair Bolsonaro, ao que tudo indica, começará a ficar complicada em breve. Totalmente contrário ao canal e aos outros veículos pertencentes ao conglomerado de mídia, o presidente já teria por onde começar a minar o império criado por Roberto Marinho.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, há em Brasília um projeto pronto e que proíbe um instrumento de negociação comercial que, ao que tudo indica, vai prejudicar o domínio da emissora no mercado publicitário no país.

A Bonificação por Volume, ou BV, como é conhecida, foi criada em 1960 e consiste em estimular o mercado publicitário da seguinte forma: um anunciante contrata uma agência de publicidade para a promoção de um produto, e os veículos pagam uma comissão às agências – o BV – para que elas os definam como destinatários da verba.

No mercado, entende-se que isso mantém o domínio da Globo no bolo publicitário. Foi regulamentado em 2010, é usado por todos os veículos para atrair anunciantes e é o que dá ao canal entre 10% e 20% dos grandes contratos firmados na área, já que “anunciar na Globo é retorno certo”.

Luiz Fábio Almeida
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Luiz Fábio Almeida

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]