Jô Soares morreu nesta sexta-feira (5), aos 84 anos. Recluso, a última aparição do apresentador na TV foi em um momento histórico para o país. Em fevereiro de 2021, o gênio do humor entrou na fila da vacinação contra a Covid-19.
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A equipe do jornalismo da Globo esteve no Estádio do Pacaembu e encontrou Jô Soares na fila de carros para a vacinação. Jô foi um dos primeiros a se vacinar na cidade por conta da sua idade. De máscara e dentro do carro, ele comentou sobre o momento.
“Alívio. Um grande alívio. Vacinem pelo amor de Deus”, implorou Jô. “Acho que é fundamental fazer uma campanha, porque eu sei que tem gente que toma a primeira dose e não toma a segunda. Não entendo. E tem gente que não toma a vacina. Isso realmente é uma coisa medieval”, declarou.
Jô Soares defendia a vacinação em massa no país
Na entrevista, Jô defendeu “mais vacina para todos” e pediu para o país “valorizar a ciência e os cientistas”. O entrevistado disse que não entrou em desespero por acreditar no Brasil. “Mas é fogo, porque de vez em quando vem um balde d’água e você vê que falta muito”, comentou.
“Mas não pode entrar em desespero. O que tem é batalhar para todo mundo vacinar, para o governo pegar as vacinas, comprar as vacinas”, defendeu Jô, que na época confrontou o falatório do presidente Jair Bolsonaro (PL):
“É a única arma que existe contra esse vírus hoje em dia é a vacina. Tem que vacinar; vacina no braço. Por isso que eu queria dar um depoimento e dizer: poxa, temos que fazer isso pelo Brasil”.
No final da reportagem, Jô soltou: “Beijo do gordo – de máscara”. Renata Vasconcellos respondeu o ex-global: “Um beijo, Jô”.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].