A FW Comunicação, empresa que pertence ao chefe da Secretaria de Comunicação do Governo Federal (Secom), Fabio Wajngarten, mantém contrato com a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do bispo Edir Macedo, que também empresaria a Record.
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De acordo com informações obtidas pelo jornal Folha de São Paulo, a remuneração contratual à igreja sofreu um aumento de 36% desde o início do governo Jair Bolsonaro, em janeiro do ano passado.
O acréscimo se deu através do acordo de um aditivo pactuado entre as duas partes, no qual a emissora associada à igreja evangélica passou a receber percentuais maiores da verba publicitária da Secom.
Segundo a publicação, um mês após Wajngarten assumir a pasta, a quantia repassada mensalmente pela instituição religiosa à FW teve um salto de R$ 25,6 mil para R$ 35 mil.
Os dados foram obtidos através de uma planilha entregue pela defesa do secretário à Comissão de Ética Pública da Presidência.
O advogado de Wajngarten, Fernando Fernandes, afirmou que os contratos dos serviços prestados pela empresa não foram “majorados em seus valores”e que “eventuais variações de um ou outro contrato ocorreram em função de um maior acesso ao banco de dados, com ampliação de serviços, e quitação de inadimplência anterior”.
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu que não vai investigar Wajngarten pela acusação de suposto conflito de interesses entre seus negócios e sua atuação no governo, após a votação de quatro votos a dois.
Em nota, a assessoria de imprensa do Planalto, afirmou que “ficou comprovado” que não há conflito de interesses entre a Secom e outro grupo econômico do setor. O comunicado informou ainda que nenhuma empresa foi favorecida pelos atos administrativos do secretário de Comunicação.
“Prevaleceu a verdade e o bom senso. Não há nada de aético ou ilegal na atuação do Secretário Fábio Wajngarten, à frente da Secretaria de Comunicação. A denúncia arquivada é um atestado de idoneidade a ele”, justificou.
“O Secretário de Comunicação continua confiante de que em outros fóruns aonde as supostas denúncias são objeto de apuração, a conclusão será a mesma porque elas não encontram respaldo na realidade”, finalizou a nota.
Cabe ressaltar que, mesmo com o arquivamento na Comissão de Ética, a investigação de Wajngarten da Polícia Federal continua, através do inquérito instaurado a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, que permanece em sigilo.
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