Desde que reestruturou as atividades de seu escritório no bairro de Alphaville, na região de Barueri, na Grande São Paulo, Gil Ortuzal, um dos mais respeitados advogados criminalistas do país, se viu em uma situação que pode ser um sonho para alguns profissionais: recusar clientes e colocar empresários, marcas e celebridades em uma estrelada lista de espera.
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O escritório de Ortuzal passou a ter uma divisão com foco em gestão de crise, reconstrução de imagem e gestão jurídica de carreiras. Os interessados contam com uma equipe enxuta que atende no modelo boutique, ou seja, a um número limitado de clientes com serviço personalizado até o final do processo.
Na prática, o escritório apenas formalizou e estruturou um serviço que presta há anos a clientes diversos, de artistas a empresários. A diferença é que agora a solução completa está em um só lugar: da análise do problema, passando pelo plano de ação e acompanhamento de resultados, prezando sempre pela personalização do serviço e rigor jurídico.
“Ter escritórios parceiros em outros países facilita e muito a vida dos meus contratados. Seja por representarem comercialmente marcas internacionais, emergências jurídicas no exterior ou a exposição na internet, o que com frequência demanda acionar juridicamente sites domiciliados fora da jurisdição brasileira”, diz o advogado.
Em relação aos clientes famosos, Gil é discreto quanto aos nomes, mas sabe-se que ele é responsável pelo jurídico da apresentadora Mara Maravilha há anos, por exemplo.
Políticos e empresários sempre recorreram ao escritório para a administração de crises jurídicas e de imagem, mas são as celebridades canceladas pela internet, recém-saídas dos realities shows, que inflam as novas demandas do escritório. Até ex-contratados da TV Globo e influenciadores digitais de médio porte em ascensão buscam pelo recurso.
E quanto gasta um famoso que se envolve em uma confusão?
Segundo empresários de celebridades ouvidas pelo RD1, depende. Se o problema for uma briga em redes sociais sem grandes consequências, uma boa assessoria de imprensa resolve. Se a consequência for jurídica e comercial, é preciso de um serviço mais urgente e altamente especializado para estancar prejuízos, daí o serviço de gestão de crise.
Entre os profissionais que recorrem ao serviço, o pacto é de silêncio, já que cláusulas de confidencialidade têm valores altíssimos. Mas em anonimato, um conhecido empresário do mundo sertanejo desembolsou algo em torno de R$ 150 mil para estancar uma crise que causou prejuízo de mais de R$ 2 milhões a um cantor com cancelamento de shows e publicidade.
Vale a pena? Segundo o empresário ouvido, sim. Não fosse a ação rápida
do escritório especializado, o prejuízo poderia ter se aproximado de R$ 8 milhões. Mas já houve casos que a conta chegou a R$ 400 mil.
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