Em 9 de junho de 2019, o ator Rafael Miguel e seus pais foram brutalmente assassinados pelo sogro, Paulo Cupertino, foragido da polícia, e a ex-namorada do artista, Isabela Tibcherani, de 20 anos, afirmou que não deixou de receber ataques na internet desde a morte do namorado.
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Ao UOL, Isabela contou que o dia 9 de junho foi a última vez que viu Rafael Miguel. “Foi a última vez que nos vimos, que fomos felizes, de fato, e esse dia me marca muito. As lembranças se tornam muito vivas nessas datas. Hoje, eu encaro como posso, com um olhar mais maduro e decidido, mas não deixa de doer”, declarou.
“Tenho de ler coisas do tipo, ‘enquanto você está aí vivendo, o Rafael e os pais dele estão mortos, por culpa sua’, ‘como você consegue ficar aí postando foto nas redes sociais depois de tudo que seu pai fez?’, ‘você provavelmente sabia e ainda deve ter ajudado’. Isso é muito triste”, desabafou.
A jovem falou sobre a vida com o namorado assassinado e o pai foragido. “Sinto que não sou a mesma pessoa de dois anos atrás, tanto em pontos positivos quanto negativos. É uma luta constante de autoconhecimento e aceitação”, afirmou.
Isabela cancelou projetos musicais e admitiu sua frustração pelo fato de Cupertino ainda estar foragido da polícia. “Eu passei a me apegar na ideia que o tempo é o melhor remédio, que se a justiça do homem falha, a justiça de Deus não falhará. É triste ter de pensar dessa forma, porque até hoje sinto que não consegui dar prosseguimento, fechar o ciclo, sabendo que ele está impune. Mas é o que posso fazer hoje, pelo bem da minha saúde mental”, entendeu.
O ator Rafael Miguel, intérprete do Paçoca em Chiquititas, do SBT, e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, foram assassinados em junho de 2019, em São Paulo. Os três foram baleados após terem ido até a casa da namorada do famoso, Isabela Tibcherani. Paulo Cupertino era contra o namoro da filha.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que o paradeiro de Paulo Cupertino “segue em investigação pelo Departamento de Homicídios (DHPP) e pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências (Cerco)”.
