Exclusivo: Diretor do Fofocalizando fala sobre concorrência e futuro do programa

Fofocalizando
Marcio Esquilo é diretor do Fofocalizando (Imagem: Reprodução / Instagram)

Colaboração: João Paulo Dell Santo

O RD1 acompanhou os bastidores do Fofocalizando, no SBT, e conversou com os integrantes da atração. O diretor do vespertino, Marcio Esquilo, recebeu nossa equipe para um bate-papo franco e sem restrições de assunto.

A nossa reportagem pôde ver de perto como é o clima nos bastidores e no palco durante os intervalos comerciais. Com ajustes frequentes, o programa vem demonstrando reação na concorrência com as novelas da Record e aumentando ainda mais sua fila de anunciantes.

Esquilo não se esquivou de responder nossos questionamentos e abriu o jogo para o público que acompanha a atração do canal de Silvio Santos.

Confira:

RD1 – Como você avalia a concorrência no horário em que o Fofocalizando entra no ar?

Marcio Esquilo – Eu acho que a gente vem entre altos e baixos. Viemos tentando achar o rumo do programa, o formato do programa. O programa sempre foi feito ao vivo e fomos aprendendo a fazê-lo ao vivo. A gente não o fez pensando que ia dar certo de cara. Fomos trabalhando os pontos. Já chegamos a ficar na liderança, já perdemos bastante pontos, então, a gente vem aprendendo.

É um horário muito difícil. Temo duas grandes emissoras com grandes programas, então, é um horário difícil. E eu pego de criança [público infantil] e para passar para um assunto de criança para o adulto, é difícil, mas estou trabalhando isso. Eu ponho algo para fazer essa transição. Estamos trabalhando nisso. É um horário muito difícil. Mas é um horário muito gostoso em que eu estou com a dona de casa, que é bem a cara do SBT, que é bem popular. E a gente, com esse formato novo do programa, que está mais dinâmico, acho que está mais gostoso. Acho que estamos acertando a mão. Estamos alcançando a vice [liderança] de vez em quando e acho que a gente vai crescer muito mais.

RD1 – As novelas que estão no horário dificultam o crescimento da audiência?

Marcio Esquilo – Na verdade, a gente não pode ficar pensando se é novela ou não é. Qualquer coisa que colocarem do outro lado vai ser uma coisa difícil para gente batalhar, porque é um horário que todo mundo está na rua. É um horário difícil na faixa-horária das 15 horas em diante. Mas eu acho que a gente não pode ter medo do que tem do lado de lá. A gente tem que saber trabalhar aqui e fazer o melhor possível. Temos que ser criativos. Eu não tenho medo de arriscar. Todo dia eu estou testando um quadro novo, uma coisa nova. A gente não tem medo e acho que estamos começando a criar um novo jeito para o Fofocalizando.

Quando eu saí para fazer parte da equipe do Bake Off Brasil, eu não me atentei sobre o programa mais. Preferi focar no Bake Off. Um mês e meio depois, o Silvio Santos me chamou, junto com o Fernando Pelegio, então, percebi que tínhamos que mudar o formato da atração. E foi o que eu fiz. Começamos a trabalhar em um formato diferente.

RD1 – Como você vê o atual momento do Fofocalizando destacando audiência, atual elenco e faturamento?

Marcio Esquilo – Eu acabei de gravar alguns merchans. É um programa que tem fila para entrar no horário, é um programa que vende bem. Não é um programa que dá muito prejuízo, é um programa legal. Em termos de audiência, ele está melhorando após um período apertado, neste ano ainda, mas tudo porque a gente está fazendo um formato, mudando tudo, veio a Chris Flores e a Lívia Andrade assumiu a apresentação. O Silvio junto com o Pelegio colocou o Gabriel [Cartolano]. Esse formato do Fofocalizando, que você pode perceber é que as matérias que a gente exibe, são feitas todas hoje. A gente chega oito horas da manhã, faz a reunião, escolhe a pauta, faz o roteiro, vai para a edição, sonoriza, faz o efeito. Tudo para a ir pro ar, pois eu acho que o telespectador merece algo bem feito e fresco.

O Pelegio [também diretor do programa] trouxe muita coisa para a gente e tem ajudado muito a gente com liberdade de trabalhar e ideias. Estamos testando coisas novas. Teremos quadros novos com artistas. Tem a Mara Maravilha na rua com pautas legais. Tem a Gabi Cabrini, que é filha do Roberto Cabrini, que está fazendo pautas na rua. A gente está com um time bom e é legal que todo mundo está a fim de fazer.

RD1 – A Mamma Bruschetta saiu em definitivo do Fofocalizando?

Marcio Esquilo – A Mamma está se cuidando. Ela está cuidando da saúde. Graças a Deus ela saiu para se cuidar, pois nesses exames que ela fez, descobriu um câncer, então, Deus sabe fazer as coisas certas nas horas certas. É uma coisa que eu vivia brigando com ela e lutando para que ela se cuidasse. Eu falava pra ela parar e se cuidar, mas ela gosta de trabalhar. Quando ela aceitou meu conselho, foi na hora certa.

RD1 – No Teleton, você disse que o Fofocalizando continuará. Por que esses boatos de que o programa vai sair do ar?

Marcio Esquilo – O Fofocalizando é muito maior do que eu. É um programa polêmico. Só tem gente polêmica e boa. A Chris [Flores], o Leão [Lobo] a Lívia [Andrade] são polêmicos e toda hora gera isso. Nunca houve uma ideia de dentro da emissora que o programa acabaria. O programa é uma ideia do Silvio Santos e ele é a única pessoa que pode dizer que o programa vai acabar. Só ele pode dizer para tirar o programa do ar, ou não. É um programa que não tem motivo para sair do ar. É um programa que está faturando, a audiência está melhorando e é um programa gostoso, bem feito. Tem pessoas polêmicas e dá voz aos dois lados. Nós não somos aquele programa que não dá voz às pessoas. A gente dá voz às pessoas, então a gente vê os dois lados.

Tem matérias boas que a pessoa não confirmou a informação e a gente não dá. Eu já editei tudo, mas não dá para pôr no ar porque a pessoa não confirmou a informação, então eu perco a edição, mas não exibo.

RD1 – Com a saída para as férias de Lívia Andrade e Chris Flores, como fica a preparação do Fofocalizando para os próximos meses?

Marcio Esquilo – Em algum momento elas vão entrar de férias, mas por enquanto, ainda não sei. Essa informação eu desconheço. Quando alguém vai entrar de férias, a emissora passa para mim a informação e eu passo com o Pelegio todas as possibilidades de o programa não ficar cansativo. Mas a Lívia grava com o Silvio e ela fica esperando uma sinalização dele para sair de férias. Depende de quando ele sairá de férias.

A Chris Flores nós já sabemos que sairá para fazer o Fábrica de Casamentos, mas ela sai, mas volta. Ela disse para mim que tem vontade de voltar e eu gostaria que ela retornasse ao sofá. A Chris trouxe mais credibilidade que o programa já tinha. Ela trouxe um jeito meigo e doce de uma super mãe e super mulher de uma jornalista nota dez que todo mundo respeita. Ela trouxe uma leveza para o programa. Isso é muito importante. Ela se deu muito bem com a Lívia e fizeram uma parceria muito boa. Elas estão se dando muito bem, não tem ciúmes, não tem nada. São duas amigas que brincam e conversam no intervalo, tanto que quando a Lívia foi para Nova York, a Chris apresentou o programa sem confusão. Elas trocam ideia e não tem cara virada para ninguém. O que a gente passa no ar, é a mais pura verdade.

RD1 – No switcher, lugar onde a tensão tende a ser corriqueira, você não a demonstra mesmo tendo que coordenar tudo ao vivo. O clima também segue leve. É uma forma de evitar “incêndios”?

Marcio Esquilo – É um jeito que eu sempre quis fazer. O programa já é difícil porque é ao vivo. Se eu der mais pressão ainda, é pior. As pessoas se perdem e se confundem. Eu tenho que ser bem didático como diretor de TV. Você viu que a sonoplastia é tudo na hora. É do jeito que eu gosto, sabe? Ele sabe do jeito que eu corto e como ficam as coisas no vídeo. Eu e minha esquipe ficamos fazendo conta, quando a conversa estica demais, temos que ver se vai derrubar algum VT. Fazer programa ao vivo é difícil. É como matar um leão. As pessoas que criticam a gente, metem o pau sem saber.

RD1 – Como você lida com as críticas de um modo geral nas redes sociais?

Marcio Esquilo – Eu aprendi. Eu não respondo! Eu não fico respondendo. Eu fico em todas as redes sociais, mas eu respeito. Se eu ponho algo no ar e ele estão assistindo, eu respeito. Eu veja as críticas. Eu leio. Se é uma crítica, eu reflito sobre. Se é uma dica, eu penso em pôr aquilo para funcionar. Olha que legal, pode ser que eu use.

Quando eu comecei a trabalhar diariamente com isso e falando de celebridade e jornalismo, eu aprendi a lidar com isso. Mas era difícil no começo. As pessoas não sabem o que a gente passa aqui e a galera desce o coro, mas eu nunca vou pedir para alguém tirar algo que eu não tenha gostado. Eu vou falar que não gostei, mas pedir para tirar, não. Eu sei que é o seu trabalho, o seu ganha pão. E sei que você está fazendo isso para seu chefe ver. É a mesma coisa comigo. Tenho que fazer um programa bom para meu chefe ver.

Dói às vezes umas críticas porque a galera não entende o que a gente passa. Tem coisas que a gente não têm poder, então, cabe a nós ficarmos quietos e respeitarmos. Mas eu aprendi muito com as críticas. Eu sempre absorvi as críticas e aprendi muito. Elas me fizeram eu ser um diretor melhor. Eu escuto as pessoas. Eu faço televisão para as pessoas, não para mim. Eu faço o que a galera do SBT gosta. Estou aqui há três anos testando coisas, cinco dias por semana. Se ninguém aprender nesse tempo… Imagina quantas horas de programa a gente tem. Uma hora, sem os merchans dá cinco horas por semana com uma equipe querendo vencer e trabalhando unida.

RD1 – 2020 batendo à porta e o que podemos esperar para o programa?

Marcio Esquilo – Não precisa esperar 2020 para ver as novidades do Fofocalizando. Toda semana eu testo algo novo, quadros. Eu assisto programas de fofoca do mundo inteiro em busca de novidades, formatos, ideias. Se você perceber, há bons programas de fofocas no mundo inteiro. São programas legais que a gente assiste para buscar inspiração neles.

Eu assisto muito jornalismo para tirar umas ideias e colocar alguns artistas. Há coisas que o Silvio me manda para eu assistir. Tem coisas muito legais.

Outra coisa: reunião. Eu faço todo dia. Sempre vem uma ideia e daí eu faço um piloto pra ver se fica legal. Às vezes não fica, mas às vezes fica e vai para o ar. Todo dia tem coisa nova. Então, 2020, não precisa esperar. O triturador foi assim, veio do nada e caiu no gosto do público.

Televisão é isso, você não pode ter medo, tem que meter as caras e testar. Eu não tenho medo de fazer. Está chegando gente nova, a Gabi [Cabrini]. O Pelegio sempre me dá sinal verde para eu testar as coisas. Mas é isso. Programa diário tem que ter algo diferente. O público merece algo novo. Nós temos quadros que pesquisamos sobre filmes, seriados, desenhos para que o público se divirta assistindo.

O Pelegio quer um programa leve, gostoso, fácil de entendimento e divertido. A vida já é tão difícil para trazer mais coisas pesadas, sabe? Então, estamos trabalhando para que em 2020 venha bastante coisa boa.

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Reuber DiirrReuber Diirr
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!