Ao receber o troféu da Associação Brasileira de Autores e Roteiristas (ABRA), Fábio Porchat lembrou o ataque à sede do grupo Porta dos Fundos. O humorista recebeu o prêmio pelo especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo, exibido pela Netflix, que causou polêmica. Em seu discurso, ele afirmou que a trupe não se intimida.
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“Se tentam nos intimidar falando que a gente não pode falar nada, que a gente não deve tocar neste assunto, fique sabendo que dia 10 de dezembro estreia o especial de Natal do Porta dos Fundos no YouTube chamado ‘Teocracia em Vertigem’. Fiquem atentos porque a gente não se cala. A gente não vai se calar“, assegurou o comediante, que também foi condecorado pelo Melhor Programa de Variedades, por Que História é Essa, Porchat?, do GNT.
“Não vemos polêmica neste especial. Ser gay não é problema, não é uma falha, não é questão de caráter. Ser gay é uma característica“, disse Porchat. “Tenho certeza que se Jesus voltasse, e penso que já tentou, teria voltado gay, travesti, mulher, preta e teria morrido em três dias, e não em 33 anos“, disparou.
Em seu tradicional especial de Natal, o ‘Porta’ retratou Jesus como homossexual, o que levantou uma onda de protestos, que culminaram em um ataque a bomba à sede do grupo. O suspeito do atentado, Eduardo Fauzi, foi preso em janeiro, na Rússia.
O prêmio ABRA premia anualmente os melhores da do cinema e da televisão, referente a filmes e programas exibidos em 2019. A associação conta com cerca de 700 roteiristas profissionais associados. Rosane Svartman, de Bom Sucesso, foi escolhida a roteirista do ano e o cineasta e roteirista Orlando Senna foi o grande homenageado da edição.
