Fábio Porchat lembra das polêmicas do Porta por causa de piadas sobre religião (Imagem: Reprodução / YouTube)
Fábio Porchat voltou a falar sobre as polêmicas em torno dos vídeos do Porta dos Fundos sobre o cristianismo. Em entrevista ao Vênus Podcast, o comediante comentou a respeito do processo de criação e destacou que leu a Bíblia para criar o roteiro de Te Prego Lá Fora.
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A novidade do grupo de humor é uma animação preparada como novo especial de natal. “Eu comento com pessoas religiosas sobre a Bíblia, e ninguém faz a menor ideia do que está escrito na Bíblia. Ninguém lê a Bíblia. E isso é o que me dá mais medo”, declarou.
“As pessoas ficam muito loucas porque, no fim das contas, elas não acreditam nesse Jesus de verdade, o Jesus do amor”, disparou Fábio Porchat.
O humorista ainda comentou: “A gente tem que lutar pelo estado laico. É por isso que eu acho importante que a gente faça piadas com religião. (..) Ridicularizar não só pode como deve. A gente não pode deixar nada ficar sagrado, porque o sagrado para você não é sagrado para mim”.
Ao lembrar das piadas que já fez sobre figuras religiosas, Porchat ressaltou: “Temos que fazer e temos que rir. Porque se uma coisa se torna sagrada, ela se torna intocável. Ela se torna lei e ela se torna um monstro. E esse monstro vai engolir a todos nós”.
“A função da comédia é fazer com que esses monstros não cresçam. É rir de tudo e de todos”, completou o também apresentador.
Fábio Porchat fala de polêmicas
Na entrevista, ele também analisou os trabalhos feitos pelo canal do YouTube. “Nem tanta coisa dá problema assim no Porta. Na verdade, pouca coisa dá problema. Processo, então…”, contou o artista, que disse que o maior problema que tiveram foi com o especial de natal de 2019, A Primeira Tentação.
“Enquanto nossos detratores forem Feliciano, Silas Malafaia, os corruptos, aí tudo bem. A gente está atacando as pessoas certas, sabe? Brincando e sacaneando as pessoas certas”, opinou o famoso.
Ele ainda ironizou: “A gente lançou em 2013, não deu problema. 2014, 2015, 2016, 2017… Engraçado, o de 2019 deu problema. Olha que estranho?”.
“Antes disso não tinha dado problema nenhum. Ninguém queria proibir, ninguém queria jogar bomba, mas em 2019 as pessoas se sentiram à vontade para fazer esse tipo de coisa”, completou ele.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]