Convidado de Marcelo Tas no programa Provoca, da TV Cultura, da próxima terça-feira (1º), Fábio Porchat falou sobre o Porta dos Fundos. Apesar da estabilidade nas diversas mídias convencionais, o ator revela que não larga a internet por causa da liberdade que tem para criar.
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“Na verdade, o Porta dos Fundos virou o meu SBT. Eu sou o Silvio Santos do Porta dos Fundos. Então eu posso criar o que eu bem entender da minha cabeça. […] Eu falo ‘quero fazer um programa de viagem’, o pessoal fala ‘pode fazer’“, contou.
O humorista revelou ainda que tem uma certa dificuldade para demonstrar as suas emoções. “Eu faço análise. […] Mas eu, por exemplo, não choro. Estou esperando alguém morrer pra eu chorar, pra dar uma soltada“, brincou.
“A última vez que eu chorei eu tinha 18 anos. Foi quando eu saí de São Paulo para vir pro Rio. E aí eu fui sair da casa da minha mãe, fui contar pra ela, ela chorou e eu chorei também. Ouvindo Roberto Carlos ao fundo“, lembrou.
Questionado sobre a atual situação do humor, que, assim como o Brasil, se polarizou entre as diferenças políticas, Porchat vê como normal, mas se sente incomodado com os rumos que algumas coisas estão levando dentro deste universo.
“Eu acho que existe, porque hoje, no Brasil, tudo se politizou. Se cloroquina politizou e uma ema politizou, que dirá o humor. O que me incomoda no humor hoje é a ‘lacromédia’. Antes de ser engraçado é lucrativo“, analisou.
