Denise Fraga abre o jogo sobre retorno às novelas e fala dos filhos

Denise Fraga

Denise Fraga comentou sobre momento de sua carreira (Imagem: Fábio Rocha / Globo)

Longe das novelas desde 1995, quando fez parte do elenco de Sangue do Meu Sangue, do SBT, Denise Fraga retornou à telinha como Júlia, em Um Lugar ao Sol. Em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela falou sobre o novo projeto:

“É incrível que a gente tenha conseguido fazer. Quando vi no ar, fiquei maravilhada. Foi um protocolo absurdo. Impressionante como foi tudo feito com cuidado e como a novela ficou caprichada. Com 107 capítulos, você consegue manter uma qualidade. Não tinha o estúdio lotado de cenas porque não havia o compromisso de colocar o capítulo no ar no dia seguinte”.

“A adversidade gerou um novo modelo. Foi uma coisa positiva. Eu tive pouca vivência no Projac, ainda chamo assim. O ‘Retrato Falado’ (quadro do Fantástico) eu gravei fora de lá. Fiz muita coisa em São Paulo também. Quando cheguei, vi que tinha até viaduto. Eu parecia uma turista“, confessou.

A famosa deixou claro que dedicou esse período longe da TV ao teatro: “Fica parecendo que sou uma atriz que não faz novelas, mas não é isso. Numa certa hora da vida comecei a fazer teatro direto, foram temporadas longas. Quando as pessoas me ligavam, eu ficava com o teatro. Eu adorei fazer TV, mas nunca vou parar de fazer peças. Vou ter intervalos entre uma e outra, e aí é questão de combinar. Estava com saudade da câmera. Quero pode encaixar as novelas se vierem os convites“.

Denise Fraga fala dos filhos

Mãe de Nino, de 24, e de Pedro, de 22, do casamento com o diretor Luiz Villaça, Denise ainda abriu o coração ao falar dos herdeiros. Ela confessou que pensava nos filhos durante as gravações da novela:

“Eles têm seus defeitos, mas são dois humanistas incríveis. Eu fico feliz de a gente ter conseguido isso. Quando tive filho, parecia um ser iluminado de outro planeta que tinha vindo para a Terra. Foram muito desejados, queria ser amiga deles. Acho que no decorrer da história vemos que ser amiga dos filhos é cilada. Antes de ser amiga você vai ser mãe”.

“Eles não vão falar tudo. Mas, com eles mais velhos, vejo que não foi uma luta inglória. Talvez a Júlia não tenha sido mãe suficiente e agora consiga ser amiga do filho. E talvez não fosse tão amiga se fosse a mãe que deveria ter sido”, explicou.

“Outro dia meu filho me deu uma medalha no peito porque ele disse que nunca achou que mulher poderia ganhar menos que homem e que eles foram privilegiados por ter essa consciência desde cedo. Eu perguntei na hora: ‘Mas o que a gente fez?’. E ele respondeu: ‘Vocês optaram por não bater nos seus filhos’. Achei legal essa clareza“, disse.

“Nunca pensei que isso tinha sido uma revolução. E foi. Eu apanhei, o Luiz apanhou. Era normal. E a gente realmente optou por não fazer isso. Pagamos um preço, talvez tenhamos mimado demais ou os livrado de frustrações necessárias, mas sinto que o saldo dessa mãe amiga, pelo menos a tentativa, foi muito positiva“, finalizou.

Da Redação
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