Fernanda Montenegro é eleita para cadeira na Academia Brasileira de Letras

Fernanda Montenegro
Fernanda Montenegro desabafou sobre conquista importante (Imagem: Reprodução / Instagram)

Aos 92 anos, Fernanda Montenegro foi eleita à cadeira de número 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na tarde desta quinta-feira (4). A atriz recebeu a maioria dos votos: foram 32 dos 34 votos dos acadêmicos — 2 foram brancos.

A artista não estava presencialmente no local, por causa da norma da ABL, que diz que candidatos não podem participar da sessão.

“É algo assim, é uma viagem no imaginário, uma viagem no sublime. A minha arte não é imortal. A arte do ator é enquanto ele está ali vivo, presente em carne e osso. Mas, de uma forma poética, vamos dizer que é imortal. Eu fico muito espantada que uma academia que tem como princípio ser imortal, acolher uma atriz que só existe quando está em cena carnificando o personagem”, disse a veterana ao jornal O Globo.

Fernanda Montenegro também ressaltou a pouca participação de mulheres na academia. “Já não teve nenhuma mulher [na academia]. Isso [mulheres ocupando cadeiras na ABL] não vai parar. Vai chegar uma hora que talvez tenha mais mulheres do que homens”, comentou.

“Certamente, a chegada das mulheres vai ter força e será aceito. É do tempo atual, da justiça em torno da existência humana”, acrescentou a famosa.

A atriz aproveitou a oportunidade e fez críticas ao atual Governo Federal. “Esse atual governo é uma forca, um vômito, é uma apunhalada no ventre. Mas vai acabar. Uma hora vai acabar”, afirmou ela.

“A grande tristeza é que ele entrou pelo voto. (…) As pessoas votaram no Bolsonaro. E por que votaram? Talvez porque os governos anteriores cumpriram só metade do prometido. Talvez tenha causado uma desilusão”, desabafou Fernanda.

A contratada da Globo, cabe ressaltar, tem dois livros publicados: Prólogo, Ato, Epílogo, onde ela narra suas memórias, e Fernanda Montenegro: Itinerário Fotobiográfico, em que ela reúne imagens que contam a sua trajetória pessoal e profissional.

No mês passado, a artista oficializou a candidatura ao posto que antes era ocupado pelo diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, que morreu no dia 15 de março de 2020.

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Da RedaçãoDa Redação
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