Fernanda Motta abriu o jogo ao relembrar sua luta contra o câncer de mama, curado em 2020, após 11 meses de tratamento. Em entrevista ao jornal Extra, a modelo comentou sobre o momento em que recebeu o diagnóstico:
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“Sempre cuidei da minha saúde e mantive meus exames em dia. Como conhecia bem o meu corpo, percebi um nódulo diferente. Fui investigar e recebi o diagnóstico de câncer de mama. Foi uma surpresa, principalmente nessa idade, uma pessoa que se cuida… A gente fica triste, claro, mas quando meu médico disse que as chances de cura eram de 95% por eu ter descoberto no começo, deu um certo alívio”.
Casada há 20 anos com Roger Rodrigues, a também atriz contou que ele esteve ao seu lado neste momento delicado:
“Meu marido foi muito parceiro desde o começo. Não sentei com a minha filha para conversar sobre isso, ela era muito pequenininha e acho que a criança não precisa receber essa carga de preocupação. Demorei um pouco para contar para os meus pais porque queria entender melhor como seria. Sempre pedi para as pessoas não terem pena de mim, e sim certeza de que tudo iria dar certo. Conviver com quem acredita na sua cura faz total diferença, dá muito mais garra”.
Sobre o tratamento, ela explicou: “Fiz 13 sessões de quimioterapia, mastectomia total e quimioterapia oral. O tratamento era de seis meses e acabou quase dobrando. Hoje estou aqui com os seios novos que me deram, os meus bebês“.
Questionada a respeito da autoestima, Fernanda confessou: “Tentei amenizar as mudanças na pele, que fica mais fina e amarelada. Usava blush, aprendi a pintar a sobrancelha e a parte do olho onde não tinha mais cílios, usei peruca… Lógico que existiram dias tristes, difíceis, como na vida de todo mundo. Mas estética não foi a primeira coisa em que pensei. É clichê, mas é verdade: cabelo cresce. O importante é você ter saúde, estar viva para quando ele crescer, você bater cabelo por aí. Hoje, que o meu está cheio e bonito de novo, eu bato umas 20 vezes por dia!“.
Para a famosa, a luta que enfrentou teve um motivo. “Eu não sou melhor do que ninguém, também tenho meus medos em relação à doença porque a gente demora cinco anos para ter a alta definitiva. Mas acredito que tudo aconteceu comigo porque Deus me deu essa ferramenta, uma coisa que eu já usava sem saber: minha imagem, minha vida. Logo eu, que trabalho com beleza e pessoas jovens, apareci com a doença e vivi da melhor maneira possível dentro do meu quadro. Independente do seu Deus, ter fé em alguma coisa ajuda muito. Me agarro nisso até hoje”, disse.
Motta também relembrou o momento em que descobriu que estava curada e revelou qual foi sua reação:
“Mesmo sabendo que a cura existia, escutar que ela aconteceu foi muito marcante. É um sentimento difícil de descrever. Fiquei dando risada à toa por um mês! Hoje estou bem de saúde, graças a Deus, de seis em seis meses faço um check up. Com a cura, me descobri uma mulher mais forte, menos reclamona, mais agradecida. Tenho mais cuidado do que eu já tinha, me amo mais ainda. A única coisa que não mudou, aliás até aumentou, é que eu falo muito, ainda mais sobre esse assunto. Parece que eu preciso falar, é uma coisa doida”.
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