Filha única de Susana Naspolini, que morreu no mês passado, Julia Naspolini fez um relato emocionante sobre o momento difícil que tem vivido. Aos 16 anos, a jovem, que já havia perdido o pai há alguns anos, afirmou que tenta se manter firme.
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No texto, a herdeira da repórter da Globo comentou que herdou dela a fé, a força e a alegria de viver. “Ela me fazia rir o tempo todo“, disparou Julia, em depoimento feito em primeira pessoa à Veja.
“Há momentos em que estou bem, em outros, nem tanto. Minha mãe, meu grande exemplo, me fez ser forte. Desde pequena, acompanhei de perto sua luta contra o câncer. Com aquela mesma disposição e otimismo com os quais fazia as reportagens que ajudavam a resolver os problemas de comunidades no Rio, ela enfrentava as dificuldades da vida. E não foram poucas”, declarou a jovem.
No depoimento, feito 20 dias após o falecimento da jornalista, a adolescente lembrou que em março passado a mãe teve que se afastar da Globo para se submeter à quimioterapia venosa por causa de um câncer na bacia.
A doença acabou se espalhando para a medula e atingiu vários órgãos, como o fígado: “Quando o médico me disse, quatro dias antes de ela nos deixar, em 25 de outubro, que o quadro era gravíssimo, não pensei duas vezes. Como ela nunca perdeu a fé, gravei um vídeo e postei nas redes pedindo orações”.
Julia destacou que sempre foi muito “grudada” com Susana Naspolini, principalmente depois da morte do pai dela, o também jornalista Maurício Torres, que teve uma arritmia cardíaca em um voo do Rio para São Paulo.
“Eu era nova na época e não pude me despedir dele no CTI, como fiz agora com minha mãe. Ninguém espera enfrentar essas perdas tão cedo, mas sou grata por ter tido um tempo tão intenso e feliz com eles. Quando meu pai partiu, minha mãe já brigava com o câncer. A doença surgiu aos 18 anos. Ela venceu um linfoma de Hodgkin”, recordou.
Filha de Susana Naspolini revela ensinamentos
Ainda no depoimento emocionante, Julia comentou que a mãe dela nunca deixou de lutar e, mesmo quando estava cansada, demonstrava generosidade e alegria.
Ela lembrou, por exemplo, de quando a jornalista gravou um vídeo raspando o cabelo como forma de mostrar a outras pessoas na mesma situação que não estavam sozinhas.
A jovem ressaltou ainda que descobriu como a mãe era querida no velório que foi aberto ao público no Rio – ela foi enterrada em Santa Catarina. Segundo ela, estiveram no local pessoas de vários pontos da cidade só para agradecer as matérias que Susana tinha feito.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]