Depois de uma briga de peito aberto entre os funcionários da TV Cultura e o governo de João Doria, os colaboradores receberam a notícia desejada: o ajuste salarial pedido por vários anos. O anúncio foi feito pela Fundação Padre Anchieta.
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Em pronunciamento realizado na última quarta-feira (9), José Roberto Maluf, presidente da fundação, disse que “após amplas negociações com o governo do estado, por meio da Secretaria de Orçamente e Gestão”, a direção liberou a verba para o reajuste salarial.
O valor divulgado foi de 10,33% aos colaboradores celetistas, a partir de 1º de março. Além disso, reajuste aplicável aos colaboradores da TV Câmara, Brasil jazz Sinfônica e Univesp TV.
Além do percentual, a fundação anunciou o acréscimo ao auxílio-creche e ao seguro de vida. O vale-alimentação e o vale-refeição também foram reajustados em 10,19%, retroativos a janeiro de 2022.
Os colaboradores jurídicos, os chamados PJs, não receberam o benefício, algo que só será analisado na hora da renovação do contrato.
Sindicalistas ficam na bronca com TV Cultura
Há cinco dias, sindicalistas afirmaram que o governo de SP, comandado por João Doria, iniciou uma onda de cortes de recursos “sistematicamente e sucateando a emissora”.
O governo informou por meio de nota que “todas as solicitações de reajustes salariais das fundações devem ser submetidas e avaliadas pela Comissão de Política Salarial, que analisa caso a caso”, e salientou:
“Os eventuais reajustes salariais, limitados à variação do IPCA dos últimos 12 meses, devem ser compensados com redução permanente com gasto de custeio e/ou pessoal”.
A assessoria do governo reforçou que “não é permitido aumento de despesa com pessoal a partir de julho, por causa da legislação eleitoral”.
A vitória veio à tona sete meses antes da eleição. João Doria e tornou o presidenciável pelo PSDB depois de um embate interno com Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.
