Gilberto Nogueira foi uma figura marcante no BBB 2021, terminando em quarto lugar na disputa e virando o ex-participante masculino mais seguido entre todas as temporadas. Ao ser entrevistado no Altas Horas deste sábado (15), o pernambucano falou da autoaceitação e lembrou da dependência química do pai.
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O ex-BBB lembrou que sempre teve a vontade de participar do Big Brother Brasil, reafirmou a sua própria entrega no reality show da Globo e se mostrou grato pela chance imperdível:
“Eu sempre sonhei entrar no Big Brother, tenho um carinho muito grande pelo programa. Era uma oportunidade única. Já falei várias vezes e repito, que a gente que vem de vulnerabilidade social, da pobreza, as oportunidades são poucas. Quando a gente tem [uma], tem que agarrar muito e fazer valer a pena a chance das pessoas que confiaram em mim”.
Serginho Groisman questionou se Gil sempre foi tão extrovertido quanto mostrou na sua participação no programa de confinamento e o doutorando em Economia disse que não:
“Na minha infância eu era muito mais introspectivo, muito mais que o Fiuk. Eu tinha medo de me relacionar com as pessoas. Minha mãe achava que eu podia ter algum problema psicológico, porque eu tinha literalmente medo de me relacionar”.
Aproveitando o gancho de Letícia Colin estar falando de Amanda, sua personagem na série Onde Está Meu Coração? que sofre de dependência química, Gilberto contou que passou pela mesma situação com o pai, que usou crack:
“Sempre foi algo que me tocou muito, essa relação com dependência química. Minha família foi muito afetada por isso. Tanto que eu escolhi pesquisar sobre violência e drogas por conta disso. Era algo pessoal meu. A gente sabe os efeitos e causa muitos traumas”.
Por fim, o quarto colocado do BBB 2021 se retratou pelo jeito que lidou com esse tabu, dizendo que chegou a culpar o pai pelo vício, mas que uma música tocada no reality o fez mudar de perspectiva:
“Durante o BBB eu refleti que não adiantava eu guardar mágoa sobre algo que ele não tem controle. Na verdade, ele precisa de ajuda, não de julgamento (…) Não adianta eu pesquisar, querer ajudar outras famílias, se eu não conseguir enxergar com amor e perdão o meu próprio pai”.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.