A Globo deu um passo gigante no mundo digital se comparada com as suas concorrentes no Brasil. Nesta semana, a emissora apresentou em Amsterdã, na IBC, feira de tecnologia referência no mundo, a Aida, uma âncora virtual.
O projeto, um misto de avatar equipado com uma inteligência artificial, foi desenvolvido internamente pelo Grupo Globo com a missão de transformar dados em conteúdo. Parte do trabalho – a geração de texto automática em linguagem natural usando inteligência artificial – foi utilizado na cobertura das eleições em 2018 e para a cobertura esportiva.
Daniel Monteiro, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Globo, explicou ao Meio & Mensagem o papel da Aida no mundo digital. “Aida é um projeto que usa uma variedade enorme de tecnologias”, começou.
Além da inteligência artificial na geração de textos, a emissora carioca sincronizou a síntese de voz, com variações de entonação em uma animação em tempo real de um modelo 3D com um cenário com realismo.
“Colocar tudo isso funcionando, de ponta a ponta, e ainda atingir bons resultados nos componentes individuais é um desafio enorme”, ressaltou o gerente. “Aida é uma visão de futuro. Ainda há um caminho enorme a seguir, mas temos certeza que estamos levando para o evento uma demonstração no estado da arte”, comemorou.
No que diz respeito a produção do canal carioca, a Aida pode ocupar até uma cadeira do “JN”. “Podemos no futuro fazer com que a Aida produza uma edição de jornal especial para cada um dos milhões de uns que nos assistem todos os dias”, garantiu Daniel.
