Após o aumento no número de casos de pessoas infectadas com Covid-19, a Globo decidiu redobrar os cuidados implementados nos estúdios. Para as gravações das novelas, a testagem para a doença está sendo realizada frequentemente no elenco e em toda a equipe dos bastidores.
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Segundo a colunista Patrícia Kogut, de O Globo, anteriormente esses profissionais eram testados uma vez por semana. Agora, isso está acontecendo a cada 48 horas, para evitar qualquer tipo de risco.
Nos últimos dias, a direção se preocupou em gravar cenas envolvendo poucos atores. A ideia é adiar o quanto puder a realização de filmagens que envolvam muitos figurantes. Em Nos Tempos do Imperador, por exemplo, cenas previstas num cassino e de guerras foram suspensas até segunda ordem.
Como todas essas mudanças, no mundo e no trabalho, os atores estão sentindo uma grande diferença na rotina. A atriz Flávia Alessandra, que gravou o final de Salve-se Quem Puder no final do ano passado, revelou como foi contracenar com tantas limitações.
“Foi um processo inédito na minha vida. Nunca tinha passado por algo semelhante”, destacou. “Rolou um estranhamento no início, ainda mais porque o ofício é contracenar. Precisamos do outro. Mas o Fred (Mayrink, diretor) conduziu lindamente a gente por esse novo caminho. E a gente se adaptou bem rápido aos novos protocolos. Essa retomada trouxe muitas coisas novas para o nosso ofício. Uma delas, com certeza, foi o uso dos efeitos especiais em cenas que eram comuns no nosso dia a dia. Nunca tinha experimentado um beijo virtual”, contou.
Juliana Paiva, que também fez parte do mesmo folhetim que Flávia, relembrou como foi o primeiro dia de retorno aos estúdios: “Eu lembro que, no primeiro dia, brinquei com o Fred (Mayrink, diretor) e disse: ‘Será que ainda sei fazer isso?’. Porque era uma coisa de aquecer o motor de novo e se encontrar de uma forma diferente. Não tivemos o contato de dividir o camarim, de conversar nos corredores. Minha primeira cena foi com a Flávia, as duas de máscara, se olhando”, relatou.
